13 nov, 2015 - 15:42
Os novos donos da TAP anunciaram esta sexta-feira, numa reunião com os trabalhadores, que vão renovar a frota e encomendar 53 novos aviões nos próximos anos. Foi também anunciado que a companhia quer concorrer com as companhias aéreas de baixo custo ("low cost").
O empresário brasileiro David Neeleman e o sócio português Humberto Pedrosa prometeram que o primeiro
aparelho vai chegar “no final de 2017”.
“Agora que fechamos [o negócio], o dinheiro está chegando no banco hoje. Não temos todo o dinheiro do mundo, mas temos dinheiro para começar a fazer as coisas que, realmente, temos de fazer”, disse Neeleman.
“Nós estamos a colar 345 milhões de euros de capital, mas vamos ter outros financiamentos. No total, vai haver uma capacidade de mais de mil milhões”, sublinhou.
A declaração dos novos donos companhia aérea acontece depois de, na quinta-feira, o Governo ter aprovado a minuta final do processo de venda de 61% da TAP ao consórcio Gateway.
O executivo argumenta que a celebração desse contrato é uma necessidade urgente e inadiável, enquadrando-se, portanto, nas competências de um executivo em gestão.
A aprovação da venda implicou uma alteração ao acordo, nomeadamente nas condições da operação da capitalização. Assim, em vez de a injecção de dinheiro ser feita apenas até Julho de 2016, o comprador concordou em colocar 150 milhões já, com outros 120 a entrar até Julho do próximo ano.
Caso o comprador não consiga colocar a segunda tranche de 120 milhões, a operação reverte, sendo que os primeiros 150 milhões não têm de ser devolvidos, explicou a secretária de Estado.
Começou um "novo ciclo" para a TAP
Numa mensagem publicada na rede social Facebook, a TAP anuncia que começou um “novo ciclo da sua já longa vida, de 70 anos”.
Esta mudança, sublinham os novos donos da empresa, “garante, no entanto, que a TAP preserve todas as suas qualidades e carácter português, adicionando novas competências e experiências, reforçando o seu “hub” em Lisboa e assegurando, assim, não só a manutenção, como o reforço do seu papel na ligação da Europa a África e às Américas”.
Nesta primeira fase, a prioridade vai “para a adaptação e reforço dos métodos de trabalho e para a consolidação da TAP, a fim de que, numa fase seguinte, se avance para o reforço da frota e da sua rede de destinos, nomeadamente no Brasil e na América do Norte”.
Os novos 53 aviões encomendados são de “última geração, mais confortáveis e eficientes, novos interiores de cabina, com produtos adequados a cada segmento de clientes, reforçando-se assim o foco da TAP na satisfação do cliente”, refere o comunicado.
“A TAP inicia agora uma viagem para liderar o futuro de braços abertos, contando com a preferência dos seus Clientes e com o reforço da colaboração com os seus parceiros de negócio”, concluem os novos donos da companhia aérea.