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Catarina Martins. Tratado Orçamental impediu Bloco de ir para o Governo

11 nov, 2015 - 20:52 • Carlos Calaveiras

Líder bloquista afirma que a não reestruturação da dívida foi outra razão que deixou o partido de fora. Apesar disso, não acha que o acordo "seja mais frágil por causa disso”.

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A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE) dá conta das razões que levaram o partido a não estar presente no Governo com o PS. Em entrevista na RTP, Catarina Martins refere que “o PS considerou que a convergência teria que respeitar constrangimentos que o BE não acompanha”.

A líder bloquista lembra que “o PS só aceitou fazer alterações ao seu programa desde que respeitasse o Tratado Orçamental excluindo a possibilidade da reestruturação da dívida”. Isso, segundo a deputada, “impede medidas que para o Bloco de Esquerda são tão essenciais como, por exemplo, responder às 700 mil pessoas que estão em situação de desemprego sem subsídio social de desemprego”.

“Com este constrangimento orçamental não temos margem para isso e, portanto, não chegámos tão longe na convergência política. Tinha de ser um acordo mais abrangente”, acrescenta.

Questionada sobre se gostaria de estar no Governo, Catarina Martins respondeu que isso só aconteceria “se tivesse tido as condições politicas”. “Dito isto, não acho que seja mais frágil por causa disso”, acrescentou.

Quanto à crítica de que não há solidez neste acordo para legislatura, por exemplo, no que diz respeito aos Orçamentos do Estado, Catarina Martins nega que haja sinais de fragilidade, "mas de normalidade política". "Eu não conheço o Orçamento de 2019. Ninguém conhece, por isso, não o podemos assinar. Não damos cheques em branco”.

Catarina Martins diz que “é muito melhor sermos claros sobre onde somos convergentes e onde não há convergência, do que deixarmos algo pantanoso pelo meio”.

A líder bloquista acredita que “na vida concreta das pessoas há mudanças reais” e que este será “um Governo que faz a diferença”.

Comentários
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  • Manuela
    12 nov, 2015 Lisboa - Portugal 23:31
    Espero que não se esqueçam dos pensionistas! são os que mais precisam! e há pensionistas que já atingiram a idade da reforma, podiam deixar de ser pensionistas e passar a ser reformados, era justo! porque ninguém tem culpa de não ter saúde! e há reformados (não pensionistas)que são reformados, só porque atingiram a idade da reforma e ainda se podem mexer! ao passo que um pensionista que vive com 260 euros, vive de esmola!!! estes, se saíram do activo, antes da idade da reforma com aprovação de juntas médicas, que têm relatórios de exames feitos, que o comprovam, mereciam um pouco mais de compreensão! Acredito que o façam! mas é sempre bom lembrar! As juntas médicas podem chamar todos os pensionistas e dar conhecimento, de quem precisa ou não! eu estou na 1ª fila para o fazer! tenho razões mais que suficientes! já me queixei várias vezes e dizem-me sempre para aguardar! Deus queira que seja desta vez! porque já esperei tanto tempo sentada, que até já tenho uma almofada especial para conseguir sentar-me... (sem ironia, é mesmo verdade!) É como dizia Charlie Chaplin: " a vida é uma tragédia, mas ao longe é uma comédia". Cumprimentos, ao novo governo 'Socialista'. Votos para que consigam fazer, o que outros tantos, não conseguiram. Manuela R. Silva
  • Rodri
    12 nov, 2015 caminha 14:09
    De que tem medo estes senhores de direita??? de perder poder? de não poderem enriquecer mais?? Calma, calma, com um ou dois Rennies, isso passa......
  • antonio
    12 nov, 2015 lisboa 10:56
    O comentador do POrto Canal tem toda a razão! Esta "gentinha" da esquerda acha-se dona da democracia. Chegar-se à frente para ser governo é "coisa" demasiado séria. Estas meninas "rabinas" e os CDU`s coreanos/cubanos e presos ao passado GOSTAM de campanha eleitoral sempre! Eu concordo com governo de esquerda, mas não com "esquerdóides" pouco sérios!
  • José Soares de Pinho
    12 nov, 2015 Gafanha da Nazaré 09:18
    Esta deputada não tem a certeza de nada, mas esse tempo de vai chegar e depois é simples, é só mudar o discurso, mas esquece-se do ditado popular que diz que tão ladrão é o que vai á vinha como o que fica á porta. Só é pena que nestes casos os assaltantes fiquem impunes.
  • Daniel
    11 nov, 2015 Oeiras 23:05
    Já começa a haver fendas nesta suposta indestrutível coligação PS, BE e PCP. Por este andar, o novo Governo usurpador não vai durar até ao Natal deste ano.

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