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Carlos Moedas pede ao PS que o deixe governar e que explique aos lisboetas as contas

01 mai, 2024 - 21:20 • Maria João Costa

Carlos Moedas lembra os investimentos que fez: “Consegui investir muito mais do que os outros, consegui executar mais do que os outros, e, portanto, este é o resultado de uma gestão de trabalhar para as pessoas”, refere.

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“Quem tem de responder aos lisboetas sobre esse resultado é o Partido Socialista”. É desta forma que em Buenos Aires, à margem da Feira do Livro onde Lisboa é a cidade convidada, Carlos Moedas reage à notícia sobre as contas da autarquia que fecharam em 2023, com um saldo negativo superior a 18 milhões de euros.

Nas palavras do autarca que começa por dizer que foi o ano em que tiveram “a melhor execução em termos de orçamento”, o resultado deve-se aos investimentos que foram feitos. “Aquilo que se prometeu gastou-se, e conseguiu-se investir”, explica o autarca.

Contudo, Carlos Moedas aponta o dedo à sua oposição na Câmara. “Isto acontece porque o Partido Socialista desde o início bloqueia, um instrumento essencial para um presidente de câmara, que é fazer compras e vendas de património e isso tem um efeito no saldo de gerência da Câmara”.

Em declarações aos jornalistas, antes de assistir a uma conversa com o humorista Ricardo Araújo Pereira, Carlos Moedas lembra os investimentos que fez: “Consegui investir muito mais do que os outros, consegui executar mais do que os outros, e, portanto, este é o resultado de uma gestão de trabalhar para as pessoas”, refere.

“Eu não estou a trabalhar para a política do dia-a-dia. Agora é bom perguntar ao Partido Socialista porque é que este presidente de Câmara, ao contrário de todos os outros, não tem um instrumento que todos os outros tiveram”, acrescenta

No entender do autarca “quem tem de responder aos lisboetas sobre esse resultado é o Partido Socialista, porque sabem bem porque é que ele aconteceu”. À oposição camarária, Carlos Moedas deixa um repto: “Peço ao Partido Socialista que olhe para uma gestão, como sempre teve, e me deixe governar. É essa a função da oposição, é dar os instrumentos necessários e deixar governar quem tem de governar”.

Afirmando que não deixará de “fazer políticas para as pessoas nas áreas da saúde, habitação, e social”, Moedas foi ainda questionado sobre a saída de Pedro Costa da Junta de Freguesia de Campo-de-Ourique e disse que “quem se demite a meio de um mandato tem de se justificar às pessoas”.

“Não tenho mais nada a dizer, já telefonei ao novo presidente de junta, a dar o meu contato”, explicou Carlos Moedas à margem da Feira do Livro de Buenos Aires, na Argentina que decorre até ao próximo dia 13 de maio

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  • Anastácio José Marti
    02 mai, 2024 Lisboa 08:58
    Gostaria de recordar o político que acusa os portugueses de falta de audácia para concretizarem seja o que for, afirmação esta, como muitas outras, feita sem se ter visto ao espelho, basta ver a total falta de audácia deste ainda Presidente da CML, para com os Bairros da Serafina,, Quinta do Ferro, da Liberdade, etc, que continuam por ele abandonados a 1 escasso ano de terminar o mandato, alguns nem àgua potável têm em pleno século XXI, de que tal como se verifica com o Governo, que não tendo maioria para fazer o que quer não tem alternativa que não seja negociar com o PS, uma vez que afirmou que com o Chega não o fará, também a Administração da CML, por falta dessa suposta maioria, tem de provar ter a audácia, a sabedoria, a arte e o engenho de negociar com os vereadores da oposição, tudo o que queira fazer, isto sim, é que é viver em democracia e não querer impor aos outros o que não tem legitimidade para o fazer por falta de uma maioria. Para terminar será que tal como recentemente teve de vir o Papa Francisco de Roma a Lisboa dizer-lhe que o Bairro da Serafina também é Lisboa, que vergonha, eu daqui lhe digo igualmente que a Quinta do Ferro também o é e continua por ele abandonada até hoje, 02/05/2024. Será assim que se governa uma autarquia em pleno século XXI?

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