11 dez, 2017
Espera-se que o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira próximas aceite a recomendação da Comissão Europeia. Esta considera que já se encontram suficientemente avançadas as negociações com o Reino Unido para se passar à segunda fase das negociações do Brexit.
Na primeira fase, tratou-se das condições do “divórcio”; a partir de agora será discutida a futura relação entre a UE e uma Grã-Bretanha fora da União.
Mas não é impossível que alguns Estados-membros coloquem dúviSe T. May recuare a UE e o Reino Unido.rte do Reino Unido) úúdas e restrições ao pré-acordo encontrado na sexta-feira pela Comissão Europeia, a primeira-ministra britânica, o partido pró-britânico da Irlanda do Norte (Ulster) que apoia na Câmara dos Comuns o executivo de May e o primeiro-ministro da República da Irlanda.
Na Escócia, no País de Gales e na cidade de Londres há quem exija um tratamento semelhante ao previsto para a fronteira irlandesa – manter-se aberta às pessoas e ao comércio.
Este era o ponto mais difícil de ultrapassar há uma semana, como aqui referi. Mas terá sido mesmo ultrapassado? A fórmula escolhida é vaga e ambígua. Creio que só será possível perceber como poderá ficar aberta aquela futura fronteira externa da UE (uma vez que o Ulster, parte do Reino Unido, deixará de ser território comunitário) quando se desenhar a futura relação comercial entre a UE e o Reino Unido.
Se Theresa May recuar e afinal aceitar que o seu país, saindo da UE, permanecerá no mercado único europeu ou, pelo menos, na união aduaneira, a questão fica resolvida. Só que ela não tem condições políticas para tal recuo. Pois se os conservadores eurocépticos, incluindo alguns que fazem parte do seu governo, já criticam T. May pelo compromisso obtido há três dias...
O responsável britânico pelas negociações, David Davies, afirmou que aquele compromisso não tem força legal. E que, se o Reino Unido não obtiver um bom acordo comercial com a UE, as concessões britânicas para fechar a primeira fase do “brexit” ficarão sem efeito.
Atenção, ainda, a uma votação esta semana na Câmara dos Comuns, que pode resultar numa humilhante derrota de T. May, às mãos dos seus correligionários mais antieuropeus. Numa palavra, tudo está em aberto.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus –
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