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Lisboa

BE quer transformar Academia Militar em habitação, residência universitária e jardins

15 set, 2021 - 16:11 • Lusa

A candidata do Bloco à Câmara de Lisboa defende hoje a reconversão da Academia Militar, num investimento de 50 milhões de euros.

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A candidata do Bloco de Esquerda (BE) à presidência da Câmara de Lisboa defende a reconversão da Academia Militar, em Arroios, para habitação de renda acessível, residência universitária e espaços verdes, num investimento de 50 milhões de euros.

Beatriz Gomes Dias apresentou a proposta de reconversão da Academia Militar, localizada na Rua Gomes Freire, no pequeno jardim em frente, lembrando que este espaço tem 77 mil metros quadrados e deve ser devolvido à cidade.

Para tal, a candidata defende a criação de uma residência universitária com cerca de 200 quartos, um programa de renda acessível que contemple o resgate de 91 fogos ao programa público-privado, 200 fogos de habitação a renda acessível, e um polo cultural e museológico no Palácio da Bemposta, bem como espaços verdes e equipamentos desportivos.

Os 50 milhões de euros orçados para o projeto seriam, de acordo com Beatriz Gomes Dias, das "receitas da câmara, do orçamento, que é de 1.300 milhões de euros anuais", e o Plano de Recuperação e Resiliência "também tem fundos que podem ser mobilizados".

A candidata referiu que o projeto agora apresentado se insere no programa da candidatura à Junta de Freguesia de Arroios e que terá de ser "desenvolvido em articulação com o Governo".

Essa articulação também terá de ser encontrada para que os serviços da Academia Militar - de formação, por exemplo -, possam ser deslocados para outras academias.

"Sabemos que alguns dos serviços da Academia Militar já estão na academia na Amadora. [A passagem] tem de ser feita em articulação com o Governo, de modo a permitir transferir os serviços que estão aqui para outras academias", explicou.

Quando questionada sobre o projeto de habitação acessível previsto para os antigos hospitais da Colina de Santana, Beatriz Gomes Dias sublinhou que "os dois projetos são complementares e não se excluem".

"Precisamos de uma grande quantidade de habitação a preços acessíveis. O nosso projeto autárquico defende 10 mil casas de renda acessível na cidade de Lisboa. Quantos mais projetos existam para aumentar essa bolsa de alojamento, melhor será a regulação do mercado de arrendamento e mais pode baixar o preço do arrendamento", justificou.

Beatriz Gomes Dias salientou também que o presidente da autarquia e candidato pelo PS/Livre, Fernando Medina, reconhece que o acordo estabelecido com o BE no início do mandato (com a atribuição de pelouros) "conseguiu impor um conjunto de medidas que foram fundamentais para transformar a forma de fazer política na cidade de Lisboa".

"Muitas das propostas que pareciam impossíveis quando as apresentámos tornaram-se possíveis, foram incluídas no programa de Governo e foram executadas", disse, acrescentando que "muitas medidas foram implementadas também nos pelouros em que o BE tinha responsabilidade" devido ao diálogo existente.

Como exemplo, lembrou a limitação do alojamento local apresentada no início do mandato autárquico: "No início parecia algo desajustado e desligado da realidade da cidade [...]. O candidato reconhece que é necessário limitar o alojamento local. Há uma convergência de posições, o diálogo está a desenvolver-se e esta convergência, na minha opinião, irá continuar no próximo mandato".

Na corrida à presidência da autarquia estão, além de Beatriz Gomes Dias e Fernando Medina, Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt Portugal), Ossanda Líber (Movimento Somos Todos Lisboa), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!), Bruno Fialho (PDR) e João Patrocínio (Ergue-te).

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