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Ucrânia

Primeiro-ministro israelita reuniu-se com Putin em Moscovo

05 mar, 2022 - 19:30 • Lusa

Kremlin confirmou que o encontro em Moscovo serviu para discutir a situação na Ucrânia, que, por sua vez, já tinha pedido que Bennett desempenhasse funções de mediador no conflito.

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O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, encontrou-se, este sábado, em Moscovo com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a situação na Ucrânia, divulgaram fontes governamentais israelitas e russas.

O encontro acontece dias depois de Bennett ter falado ao telefone quer com Putin, quer com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelita, Bennett viajou para Moscovo ao início do dia, acompanhado do seu ministro Zeev Elkin, que fala russo.

Ambos os governantes são judeus praticantes, não sendo normal viajar no Shabat, dia de descanso na religião judaica.

Bennett é um dos líderes mundiais que ainda não condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, sublinhando as boas relações que Israel mantém com os dois países em guerra.

O Estado judaico entregou ajuda humanitária à Ucrânia, mas mantém laços com a Rússia, de forma a garantir que as aviações israelita e russa não entram em conflito na vizinha Síria, referiu a agência Associated Press (AP).

A Ucrânia pediu mesmo que Bennett desempenhe funções de mediador no conflito, indicou, por sua vez, a agência France-Presse (AFP).

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Em Jerusalém, o gabinete de Bennett adiantou que o encontro terminou ao fim de duas horas e meia de discussão, mas o porta-voz do primeiro-ministro israelita disse depois que a reunião prosseguia.

Foi o Kremlin que confirmou que o encontro em Moscovo serviu para discutir a situação na Ucrânia.

Bennett é o primeiro dirigente estrangeiro a visitar a Rússia desde o início da invasão ordenada por Putin à Ucrânia, com exceção do primeiro-ministro paquistanês, que esteve em Moscovo no dia seguinte ao início da guerra, mas numa visita prevista há muito tempo.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças.

Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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