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Hepatites poderão matar mais do que malária, tuberculose e sida juntas

28 jul, 2023 - 15:51 • Lusa

Dos doentes diagnosticados no mundo com hepatite C, apenas 13% receberam tratamento, com a percentagem a cair para os 2% nos doentes com hepatite B crónica.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) avisou esta sexta-feira que as hepatites, em especial as dos tipos B e C, poderão matar mais pessoas do que a malária, a tuberculose e a sida juntas até 2040.

O aviso foi feito na data em que se assinala o Dia Mundial contra as Hepatites.

Segundo a OMS, mais de um milhão de pessoas morrem anualmente no mundo com hepatites, sendo as mais letais as dos tipos B e C, que afetam 350 milhões de doentes, mas que estão subdiagnosticadas.

"Milhões de pessoas vivem com hepatite não diagnosticada e não tratada em todo o mundo, apesar de termos as melhores ferramentas para a prevenir, diagnosticar e tratar", declarou à imprensa, a partir da sede da OMS, em Genebra, Suíça, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Dos doentes diagnosticados no mundo com hepatite C, doença curável com antivirais, apenas 13% receberam tratamento, com a percentagem a cair para os 2% nos doentes com hepatite B crónica.

A OMS lançou uma campanha, sob o lema "Uma vida, um fígado", que visa erradicar a hepatite C como problema de saúde pública até 2030.

A maioria dos casos (80%) concentra-se nos países mais pobres, onde as pessoas que consomem drogas ou estão presas são as que apresentam taxas de infeção mais elevadas e têm menos acesso aos serviços de saúde.

Para evitar novas infeções e mortes por hepatite B e C, a OMS recomenda o acesso facilitado a tratamento para as grávidas com hepatite B ou a vacinação de recém-nascidos.

No caso da hepatite B, a transmissão da infeção da mãe para o filho durante a gravidez é mais habitual nas regiões do Pacífico Ocidental, África e Sudeste Asiático.

A hepatite é uma infeção do fígado comummente causada por vírus de vários tipos, incluindo os B e C. As hepatites B e C podem transmitir-se de mãe para filho durante a gestação, numa relação sexual, numa transfusão de sangue ou na partilha de seringas.

Ambas hepatites podem evoluir para doença crónica, sendo que para a hepatite B existe vacina.

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