Estudo da Comissão Independente mostra que, à data dos factos, os abusos de menores rapazes foram praticados na maioria por sacerdotes na faixa etária dos 31 aos 40 anos, mas no caso das vítimas meninas a prevalência foi de agressores acima dos 60, e 15% tinham menos de 30 anos.
Sobre a responsabilização dos alegados abusadores, o líder do PSD defende que "devemos ser implacáveis", mesmo que já não exista hipótese de se avançar com processos-crime contra essas pessoas.
A Comissão Independente "Dar Voz ao Silêncio" apresentou o seu relatório final, avassalador, sobre décadas de abuso sexual de crianças e jovens no seio da Igreja portuguesa. Investigadores recomendam alteração na prescrição dos crimes e a criação de uma nova comissão de acompanhamento. Uma das grandes conclusões é que este é um problema sistémico e cultural que não começa nem termina na Igreja e que precisa de ser ainda mais investigado e combatido.
A Comissão Independente "Dar Voz ao Silêncio" apresentou o seu relatório final, avassalador, sobre décadas de abuso sexual de crianças e jovens no seio da Igreja portuguesa. Investigadores recomendam alteração na prescrição dos crimes e a criação de uma nova comissão de acompanhamento. Uma das grandes conclusões é que este é um problema sistémico e cultural que não começa nem termina na Igreja e que precisa de ser ainda mais investigado e combatido.
É o que defende o advogado espanhol Javier Cremades, que neste momento lidera a investigação ao fenómeno dos abusos sexuais de crianças e jovens na Igreja espanhola.
Na véspera de a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja em Portugal apresentar as suas conclusões, a Renascença destaca oito países onde já houve investigações, condenações e resignações na sequência de denúncias de abuso sexual por padres, religiosos e leigos.
Documento explica que um religioso acusado de abusos sexuais "tem o direito de apresentar um pedido para ser dispensado de todas as obrigações inerentes ao seu estado de clérigo".
A diocese dá seguimento às orientações do Papa e recorda Francisco "estabeleceu que a denúncia de abusos na Igreja “não constitui uma violação do sigilo profissional”.
O final de 2019 ficou marcado pela decisão do Papa de abolir o segredo pontifício nos casos de violência sexual e de abuso de menores cometidos por clérigos.