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Venezuela pode invadir e anexar parte da Guiana

04 dez, 2023 - 10:48 • Olímpia Mairos

Esequibo, que Maduro quer anexar à Venezuela, é um território rico em minerais e outros recursos naturais, cuja diversidade é uma das maiores do mundo.

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Pode estar para breve a invasão de parte do território da Guiana que o regime de Nicolás Maduro quer anexar à Venezuela.

O presidente da Venezuela anunciou, nas últimas horas, que o país está pronto para iniciar uma nova e poderosa etapa na defesa da área de Esequibo.

“O povo falou alto e claro e vamos iniciar uma nova e poderosa etapa, porque temos o mandato do povo, temos a voz do povo”, disse Nicolás Maduro.

A ameaça do presidente venezuelano surge depois de os eleitores terem votado favoravelmente, em referendo, as intenções do Governo da Venezuela em anexar aquele território que, nesta altura, está sob administração da Guiana.

Segundo o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, foi “uma vitória clara e esmagadora do sim no referendo consultivo sobre o Esequibo”.

Com uma área superior a Inglaterra, Cuba ou Grécia, Esequibo é um território rico em minerais e outros recursos naturais, cuja diversidade é uma das maiores do mundo.

Além da sua riqueza e das grandes jazidas de petróleo ali encontradas, o território é conhecido por ter a sua soberania disputada pela Venezuela e Guiana desde 1841.

Embora a reivindicação venezuelana tenha persistido ao longo deste tempo, o governo do presidente Nicolás Maduro tem levantado progressivamente a sua voz desde 2015, quando foram descobertos vastos depósitos de petróleo na área.

A Venezuela considera Esequibo uma “área reivindicada” e geralmente exibe-a riscada nos seus mapas. Já a Guiana, que controla e administra a área, tem seis das suas dez regiões administrativas no território.

Nos últimos dias, o Brasil reforçou o efetivo militar na fronteira que tem com a Venezuela, no extremo norte do país, após ameaças de Nicolás Maduro, de invadir e anexar parte do território da Guiana, país vizinho de ambos.

Segundo os altos comandos militares brasileiros, é pouco provável que Maduro, em campanha para as presidenciais venezuelanas, desencadeie uma guerra, mas, mesmo assim, decidiram tomar algumas precauções.

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