26 dez, 2018 - 14:08 • Redação com Reuters
Pelo menos 22 mil pessoas ficaram desalojadas na sequência do tsunami que, no sábado, atingiu o estreito de Sunda, na Indonésia, provocando pelo menos 430 mortos, segundo os dados mais recentes das autoridades do país.
Esta quarta-feira, o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres indonésia (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, elevou também para 159 o número de pessoas que continuam desaparecidas após o desastre, que causou ainda cerca de 1.500 feridos.
Neste momento, várias equipas de resgate e salvamento continuam a tentar aceder a áreas mais remotas da costa ocidental de Java sob "condições meteorológicas extremas".
As chuvas torrenciais dos últimos dias têm transformado estradas em caminhos enlameados que dificultam a chegada de equipamento pesado aos locais mais remotos que sofreram o impacto do tsunami.
As autoridades continuam a pedir aos residentes que fiquem longe da costa por forma a protegerem-se de outros eventuais tsunamis, numa altura em que esse risco continua elevado.
Uma das áreas mais sensíveis é uma remota ilha vulcânica entre as ilhas de Java e Sumatra, onde o tsunami de sábado pode ter provocado fendas na cratera do vulcão Anak Krakatau.
"Desenvolvemos um sistema de monitorização especificamente focado nos tremores vulcânicos de Anak Krakatau para podermos emitir avisos atempadamente", declarou esta quarta-feira o diretor da agência de meteorologia da Indonésia. O mesmo responsável anunciou que foi criada uma zona de exclusão de dois quilómetros em torno do vulcão.