Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Doenças raras. Universidade de Coimbra abre novo centro de investigação

02 fev, 2024 - 09:06 • Redação

Das "7000 doenças raras, 95% não têm tratamento e 80% são de origem genética” confirma o docente Luís Pereira de Almeida.

A+ / A-

A Universidade de Coimbra (UC) apresenta esta sexta-feira um novo centro de investigação que vai desenvolver terapias inovadoras para doenças graves e raras.

Atualmente, estão elencadas "cerca de sete mil doenças raras" e "95% não têm tratamento”.

"A maior parte destas doenças, 80% tem origem genética.”, revela à Renascença o perofessor da UC e coordenador do projeto GeneT, Luís Pereira de Almeida.

O “GeneT: Centro de Excelência em Terapia Génica em Portugal", vai, em parceria com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, realizar ensaios clínicos envolvendo terapia génica.

Este é um tipo de terapia em que são utilizados “ácidos nucleicos DNA ou RNA como fármaco”, indica Luís Pereira de Almeida, detalhando: "Enquanto numa aspirina o fármaco é o ácido acetilsalicílico, uma molécula de baixo peso, aqui, o equivalente vai ser o ácido nucleico”,

“O DNA ou RNA vai ser transportado às nossas células-alvo ou órgãos-alvo para tratar uma determinada patologia”, esclarece o investigador.

Para o coordenador do GeneT, este novo centro surge como uma “oportunidade extraordinária” para curar o “enorme número de doenças para as quais não existe tratamento”.

O instituto vai realizar investigação na área, de forma a “caracterizar as alterações genéticas que levam a estas doenças”. Inicialmente, o foco estará apontado para as “doenças graves e, sobretudo, doenças raras”, de modo a desenvolver “novos medicamentos de terapia génica para tratar essas doenças".

O novo centro de investigação vai ser financiado, ao longo de seis anos, com 38 milhões de euros provenientes de financiamentos europeus e nacionais.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+