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CGD põe em leilão bens de Joe Berardo incluindo ações da Bacalhôa

09 abr, 2024 - 16:07 • Lusa

Valores base vão dos 30 euros de duas taças de metal prateado a 28 mil euros de um quadro atribuído a Robin Philipson. Estão ainda à venda mais de 4 milhões de ações da empresa de vinhos Bacalhôa. Montante arrecadado destina-se a abater a dívida do banco público.

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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) pôs à venda no e-leilões 42 bens de Joe Berardo, arrestados em processos judiciais por dívidas, incluindo o recheio da casa de Lisboa e ações da empresa vinícola Bacalhôa.

Entre os bens da casa em leilão estão móveis, televisões, bandejas, taças e candelabros de prata, quadros e esculturas. Os valores base vão desde os 30 euros de duas taças de metal prateado e os 28 mil euros de um quadro atribuído a Robin Philipson, sendo o montante arrecadado destinado a abater à dívida ao banco público.

Está ainda à venda um lote de 4.156.978 ações da empresa de vinhos Bacalhôa, sendo o valor base de 4,156 milhões de euros (cada ação tem valor nominal de um euro). No "site" e-leilões é explicado que estas ações têm um penhor a favor do banco BCP, "que já reclamou créditos nos presentes autos e foi graduado em primeiro lugar".

Tendo em conta a informação disponível no portal de informação de empresas Racius, estas ações da Bacalhôa equivalem a mais de 5% do capital social.

De acordo com o Correio da Manhã, "a Caixa avançou com a venda dos bens do recheio da casa na avenida Infante Santo, na qual Berardo reside, com vista a obter receitas que permitam pagar parte da dívida milionária" ao banco público. A Fundação Berardo, segundo relatório e contas consultado pelo diário, tem uma dívida à CGD superior a 310 milhões de euros. .

O jornal diz ainda que a conclusão da venda dos bens terá que aguardar por uma decisão no processo posto pela mulher de Berardo que pede a nulidade, por ser dona de parte dos bens enquanto herdeira. .

O leilão prolonga-se até 15 de maio. O e-leilões.pt é uma plataforma desenvolvida pela Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução para a venda de bens através de leilão eletrónico.

O empresário e colecionador de arte José Berardo, conhecido como "Joe" desde que fez fortuna na África do Sul, tem várias dívidas à CGD e a outros bancos por créditos incumpridos que levou a processos judiciais e arresto de bens, incluindo a coleção de obras de arte.

Comentários
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  • ze
    09 abr, 2024 aldeia 17:26
    O tal que só tinha uma garagem em nome dele na madeira!..........
  • Maria
    09 abr, 2024 Palmela 15:59
    Se eles quizerem 30 euros pelo quadro eu compro pra vender ao berardo por 100 eurozitos!

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