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Lançado cartão bancário com braille

06 jan, 2023 - 14:18 • Sandra Afonso

Era uma falha no mercado, agora preenchida pela SIBS, a empresa que gere a rede multibanco, que durante dois anos desenvolveu a tecnologia.

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É o primeiro cartão inclusivo para pessoas com deficiência visual, uma iniciativa da SIBS em parceria com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal – ACAPO.

Era uma falha no mercado, agora preenchida pela SIBS, a empresa que gere a rede multibanco, que durante dois anos desenvolveu a tecnologia.

Esta solução permite aos utilizadores cegos ou com baixa visão “distinguirem os vários tipos de cartão por tipo de utilização”. Está disponível para cartões bancários e não bancários, inclui identificação e carateres em Braille.

Segundo a SIBS, a tecnologia passa a estar “disponível a todos os seus clientes e parceiros, em Portugal e no estrangeiro, que pretendam incluir esta solução na sua oferta".

Na prática, qualquer pessoa pode agora identificar quem emitiu e qual o tipo de cartão: bancário, de fidelização, de acesso ou outro; débito, crédito, pré-pago, entre outros, no caso dos cartões bancários.

Os carateres em Braille complementam o cortante que tinha sido adicionado em 2018: “um corte efetuado no cartão em formato de meio lua que permite às pessoas cegas ou com baixa visão identificarem o lado correto para utilização do mesmo", explica a SIBS.

Esta tecnologia “assegura a utilização de cartões de forma autónoma, privada e segura, em terminais de pagamento e caixas automáticos, por parte de um cego ou amblíope”, garante Gonçalo Campos Alves, director-geral da SIBS Cartões.

De acordo com o último Censos, em Portugal, 23.396 pessoas não conseguem ver e 3,7% da população tem muita dificuldade em realizar esta tarefa.

O presidente da Direção Nacional da ACAPO, Rodrigo Santos, considera por isso que "este projeto é um passo importante não só para as pessoas cegas ou com baixa visão, e para todos os que lhes são mais próximos, mas também para a consciencialização da comunidade sobre a importância do acesso igual e acessível a todos”. Agora “um maior número de entidades poderão adotar no seu dia a dia práticas inclusivas, quer para a informação que produzem quer para o relacionamento com os seus clientes", acrescenta.

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