Legislativas 2024

Benavente. Viagem ao interior do votante que passou do PS para o Chega em dois anos

15 mar, 2024 - 06:30 • João Carlos Malta (texto e fotos), Diogo Camilo (infografia)

Num dos dois concelhos em que André Ventura furou o tradicional bipartidarismo do distrito de Santarém, há queixas contra imigrantes, há uma perceção de insegurança e há uma insatisfação generalizada em relação às expetativas de vida que não se concretizaram. E há também um jovem de 24 anos a dizer que “em Portugal há liberdade a mais e isso é perigoso”.

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Nuno, em 2022, votou no PS. Em 2024, votou no Chega. É operário fabril e vive em Samora Correia, Benavente, onde o partido de André Ventura ganhou de forma retumbante.

Aos 32 anos, Nuno diz que deixou de acreditar na esquerda porque não faz nada para controlar a imigração, não resolve o problema da habitação e “o Governo não deu valor à população”.

O resultado de domingo, acredita, “mostra o descontentamento da população” para, de imediato, repetir que a chegada de tantos estrangeiros é um problema. Quando questionado sobre como é que os imigrantes prejudicam a vida da comunidade local, Nuno responde: “É mais uma questão de segurança, nem é tanto de os imigrantes virem para cá."

Mas tem havido problemas de criminalidade ligados à imigração? “Atualmente, não”, concede. Então porque é que os imigrantes justificam esse sentimento de insegurança? “Não lhe sei dar resposta”, assume. Facto é que o operário votou mesmo no Chega.

“Isto também foi uma questão de protesto, até porque votei no PS nas últimas eleições”, revela.

Uma loja de sofás onde o descontentamento se deita no divã

Em Benavente, o Chega ganhou com 30% dos votos, mais do que duplicando a votação de há dois anos e batendo o PS que, naquela localidade ribatejana, perdeu mais de mil votantes. A abstenção recuou mais de dez pontos percentuais, tendo o número de votantes crescido em mais três mil pessoas. Em 2022, os socialistas ganharam com 38,1% dos votos.

"Isto também foi uma questão de protesto, até porque votei no PS nas últimas eleições”, Nuno Oliveira, operário fabril.

Aquele concelho, em 2021, nas últimas eleições autárquicas, elegeu um executivo da CDU com quase 33% dos votos apurados.

Atravessando a Estrada Nacional 118, que corta a cidade a meio, chega-se à loja de móveis e estofos Jonês, onde estão a funcionária Maria, de 65 anos, e Noémia, de 66.

Maria diz que nas várias décadas que ali trabalha é a primeira vez que vê um jornalista entrar. Mas é Noémia que quer falar sobre o terramoto político de domingo e da vitória categórica do Chega na terra em que vivem. Primeiro, para descrever o pano de fundo que agasalha a insatisfação que sente.

“Sou viúva há seis anos e a minha reforma é muito, muito baixa. Os nossos governantes é só roubar. Não estou a falar mal, pois não minha querida?”, pergunta à amiga.

Maria nada diz. Noémia segue o balanço. “Quando estiver a falar mal, corta-me a palavra”, pede. Feito o aviso, segue com as queixas. “Os nossos governantes só enchem os bolsos deles. Sabe o que ouvi ontem na televisão? Que o PSD vai encontrar os cofres cheios. Mas estão cheios e não dividem com quem está a dormir na rua, com quem não tem dinheiro para comer, nem para pagar a renda?”, questiona.

"Sou viúva há seis anos e a minha reforma é muito, muito baixa. Os nossos governantes é só roubar. Não estou a falar mal pois não minha querida?", Noémia, de 66 anos.

Segue sem parar para o próximo assunto que a perturba. Vira-se para os imigrantes. “Vêm para o nosso Portugal só para receber dinheiro. Nós vamos para fora para trabalhar e depois mandar dinheiro para Portugal. Os ucranianos vêm cá só para receber o dinheiro que nós descontamos durante o ano”, acusa.

Em dezembro, o “Público” noticiou que as contribuições dos imigrantes para a Segurança Social atingiram em 2022 "o valor mais elevado de sempre". Os imigrantes foram responsáveis por um saldo positivo de 1.604,2 milhões de euros, representando quase o dobro de há quatro anos.

Estes pesam 7,5% no total da população e têm, segundo dados do relatório anual do Observatório das Migrações, uma taxa de atividade mais alta do que os portugueses, desempenhando sobretudo trabalhos mal pagos, mais arriscados e onde trabalham mais horas semanalmente do que os portugueses.

“O PS e o PSD não ficam a fazer nada no Governo”, prossegue Noémia para, de pronto, pedir que “metam lá o Ventura”. “Ele vai dar a volta a isto. Tenho uma fezada que ele vai mudar o país”, vaticina.

Com uma reforma pequena, de 600 euros, diz que tem de pedir um cabaz de alimentação a instituições de apoio social de 15 em 15 dias. Sem parar, passa para o próximo problema: a criminalidade. “Andaram esta noite aqui na avenida a assaltar, ainda aí muito gatuno”, lembra.

Noémia, tal como Nuno, também votou no PS e em António Costa, mas está arrependida. Também já escolheu o PSD no passado. “Não gostei. Agora fui para o Ventura, fomos todos na minha família. Votávamos PS, mas passámos para o Ventura. Ele fala muito, mas fala o que quer”, assegura.

Votar no Chega porque é o partido que "defende os direitos humanos"

Ao final de uns minutos, Maria entra na conversa. Também ela votou no Chega. Diz que nasceu em África e é retornada. Não tem dúvidas de que Portugal está mal. Aos 65 anos, não sabe se se conseguirá “reformar no tempo devido”.

Diz que não fala mal dos imigrantes porque, de certa forma, é um deles. Mas de pronto marca uma diferença: “Todos deviam trabalhar porque eu também trabalho."

"Votávamos PS, mas passamos para o Ventura. Ele fala muito, mas fala o que quer", Noémia.

A empregada da loja Jonês garante que ali, em Samora Correia, “não há nada para os jovens”. Tal como Noémia, também fala de uma imigração “sem controlo”. “É mau porque assim não há para dar aos portugueses”, afirma.

Está feliz com a mudança. “Samora Correia e Benavente, em que o Partido Comunista era a força maior, acordaram e ainda bem. Precisamos de uma mudança”, sublinha.

E parte daí para uma análise às razões do que chama “a vitória do Chega”. “[Aconteceu] porque o Chega defende os direitos humanos. É contra a 'lei de género', é contra a homossexualidade. Sou cristã e tudo o que vem contra o que Deus criou... (…) Em relação ao casamento entre dois homens ou duas mulheres, eu respeito-o, não vou desprezar essas pessoas, mas não concordo. Se Deus criou homem e mulher, não é para serem dois homens e duas mulheres. O Ventura é contra isso”, acredita.

Numa entrevista à Lusa em 2020, André Ventura, questionado sobre o que faria se tivesse um filho homossexual, respondeu: “Pessoalmente − talvez algumas pessoas não gostem disto −, não teria nenhum problema com isso porque tenho muitos amigos homossexuais, alguns deles do mais brilhante que eu conheci na vida, que falam muito bem comigo e que percebem que nunca tive nenhuma onda de combatividade aos homossexuais ou à comunidade LGBT".

Depois de ter sido acusado de defender o casamento homossexual, o líder do Chega defendeu-se no Facebook. “Fake, fake, fake. Em momento algum disse ser a favor do casamento homossexual. Falei de direitos que as pessoas homossexuais não podem deixar de ter, como aliás pensa a grande maioria dos portugueses.”

Num dos cafés da cidade ribatejana, está sentado João Carvalho. Votou em Salvaterra de Magos, ali ao lado, mais uma lança do Chega no distrito de Santarém. Ali, Ventura ganhou com 29,2% e triplicou a votação de 2022.

Em Santarém, o distrito passou a ser tricolor. PS, AD e Chega elegeram, cada um, três deputados à Assembleia da República, rompendo ali o bipartidarismo que o líder do Chega disse ter terminado no país a 10 de março.

Reformado, aos 69 anos João vive entre Portugal e o Luxemburgo. Diz ter ficado surpreendido com o resultado do Chega e considera que foi o partido que “ganhou as eleições”.

“Votaram no Chega porque ele promete ajudar mais as pessoas. Vamos ver se ele cumpre”, perspetiva.

João, ex-empresário da construção civil, pensa que as pessoas que há três anos votaram em grande número no PCP passaram agora para o Chega porque “estão cansadas” e “veem um partido com mais energia”.

Simpatizante da esquerda, João diz que “não votou no Chega”, mas também não exclui "a possibilidade de votar”. E em resposta ao pedido de Ventura − nos cartazes de campanha lia-se “deem-me uma oportunidade” −, João anui que todos a devem ter. O reformado diz não escolher os políticos tendo a ideologia como bússola. “Não voto na direita ou na esquerda, voto nas pessoas”, explica.

Mas o que falta naquela região que motiva a insatisfação partilhada por tantos? “Muita coisa”, diz, elencando: “não tenho médico de família”, “não temos segurança”, “não há civismo”, “poder de compra não há, é tudo muito caro”, “as rendas são também muito caras”.

"Não voto na direita ou na esquerda, voto nas pessoas", João Carvalho, reformado.

Quem não votará no Chega é Anita Martins, de 38 anos, que está nas arcadas da avenida principal de Samora Correia. Mulher de etnia cigana, vende ali roupa a quem passa ou se senta no café Primavera. “Nós não somos por ele. Ele [Ventura] é sempre contra nós. Só fica contente quando vamos para a prisão”, lamenta.

Anita foi votar e diz que pôs a cruz na “mãozinha”. “Foi no PS, sou fã”, concretiza. “Somos todos pelo PS”, reforça. Sente-se intimidada por tanta gente votar no Chega? “Não, Samora Correia trata muito bem os ciganos. Moro aqui há 15 anos e nunca fui maltratada”, assegura.

Presidente da Junta comunista entende o descontentamento

Ali em frente, do outro lado da estrada, está a Junta de Freguesia, que é comandada pelo comunista Augusto Marques. Acredita que em Samora Correia houve uma “reação à forma como o país foi governado”. “[As pessoas] quiseram demonstrar o desagrado que têm acumulado nas últimas duas décadas”.

"Samora Correia trata muito bem os ciganos. Moro aqui há 15 anos e nunca fui maltratada", Anita Martins, 38 anos

Compreendo o descontentamento, mas não o expressaria desta forma. Penso que é uma ilusão”, comenta. “Como partido de direita, o Chega nunca representará as massas”, sustenta.

Percebe o descontentamento que as pessoas sentem em relação aos baixos ordenados ou aos apoios sociais que as pessoas não têm em Portugal, por comparação com outros países europeus. “Não nos estamos a aproximar da União Europeia. O salário não chega para o mês”, lamenta.

Já em relação à imigração, o presidente da Junta diz que de facto houve um aumento de pessoas a chegar de outros países, sobretudo para as atividades agrícolas, mas que “têm contribuído para o crescimento económico” da região. “E não podemos falar que tenha crescido o desemprego, porque ele se mantém baixo, nos 6%”, ilustra.

Nota que a habitação é um problema naquela região, com pessoas em idade adulta a terem de voltar para casa dos pais, mas salvaguarda que não há, também nesta área, nenhum privilégio da autarquia para com os imigrantes.

Em relação à criminalidade, o comunista garante que que não há nenhuma variação significativa. Mas defende que, com o crescimento da população, o aumento de efetivos da GNR − que foram prometidos com a subida de Samora Correia a cidade − não se verificou. “Mas não vejo aqui uma realidade complexa de crime. Não vejo nem perceciono nenhuma subida fora do normal”, refere.

Augusto Marques diz que, estruturalmente, Benavente é socialista nas legislativas e que não se verificou uma passagem de votos da CDU para o Chega. Mas não são as mesmas pessoas que votam? O autarca concorda, mas acredita que as pessoas acabam por não votar ideologicamente. “Nas autárquicas, a CDU ganha pelas pessoas que a representam e pelo trabalho que é feito”, analisa.

Diz que não conhece ninguém que em 2021 tenha votado PCP e agora no Chega, mas lá acaba por assumir que numa comunidade pequena “isso teve que acontecer”.

“Nas autárquicas, a CDU ganha pelas pessoas que a representam e pelo trabalho que é feito”, Augusto Marques, presidente da Junta de Freguesia de Samora Correia.

O comunista não olha para as pessoas que votaram no Chega em Samora Correia nem como fascistas, nem como xenófobas. “Acho que não. São as mesmas pessoas que votam nas autárquicas noutro sentido”, defende.

Um taxista que vê lutas na rua e não acredita em números oficiais

Em Benavente vivem, segundo o Censos de 2021, 29.716 habitantes. Em termos económicos, a agricultura, o pequeno comércio e algumas pequenas indústrias são as atividades mais representativas.

Saindo de Samora Correia em direção à sede do concelho, percorrem-se 10 quilómetros para chegar ao centro da vila, junto à igreja matriz. É aí que, dentro de um táxi, está Miguel Guedes, de 24 anos.

Justifica o resultado do Chega, mais uma vez, com o “cansaço” da população. E fala da inércia dos políticos locais. “Aqui não se faz nada”, resume. Descreve o Chega como “novo” e diz que “consegue não ter nenhum caso de corrupção”. Depois deixa a ressalva: “Pelo menos que seja conhecido”.

Segundo o “Público”, entre os 48 deputados até agora eleitos pelo Chega nas legislativas de 10 de março − falta contar os votos dos emigrantes − estão pelo menos sete condenados por ofensa à honra e imagem e difusão de informações falsas contra antigos líderes partidários, suspeitos de terem eliminado correspondência de outros partidos e de terem falsificado documentos; ou ainda deputados com dívidas por pagar.

O taxista diz que todos os seus amigos votaram no Chega, com exceção de um que escolheu a AD, mas o jovem de Benavente desvaloriza: “Ele não sabe bem porquê”. E Miguel, porque votou em Ventura?

“Tenho 24 anos e com o salário que se ganha e os apoios que se tem, não se pode fazer nada”, começa por dizer.

A conversa, de repente, ganha um outro rumo com uma guinada brusca. Da insatisfação em relação às condições económicas, o jovem desvia-se noutro sentido. “Não sou a favor de haver tanta liberdade em Portugal. Começa a tornar-se demasiado perigoso”, afiança. Mas o que é isso de liberdade a mais?

“Passámos de ter respeito pelo outro para…. há muito mais assaltos, há lutas na rua que não chegam à rádio, não chegam a televisão, são constantes, constantes, constantes”, assegura. “Há seis ou sete anos não havia tanta agressão”, identifica.

“Não sou a favor de haver tanta liberdade em Portugal. Começa a tornar-se demasiado perigoso”, Miguel Guedes, 24 anos, taxista.

E se lhe é dito que os números da OCDE mostram que Portugal é dos países mais seguros da Europa, Miguel contrapõe: “Eu estou no meu país e sei o que falam do meu país, mas eu não acredito nesses números. Alguém teve de os fazer, tudo muito bem, mas eu não acredito”, replica.

A viagem prossegue para a capital do distrito, Santarém, onde o professor de economia da Escola Superior de Gestão e Tecnologia, Pedro Carvalho, ajudará a ler os resultados de domingo como “um descontentamento massivo de uma parte das pessoas”.

Diz que foram sobretudo as da classe média que se desencantaram “após sucessivos governos que incumpriram o que prometeram”.

Depois, aponta o caso de justiça na origem da demissão do Governo de António Costa como decisivo para o que aconteceu no último domingo. “Este episódio do chefe de gabinete do primeiro-ministro, confirmado pela justiça, marcou de forma muito negativa a imagem, já de si deteriorada, que muitas pessoas tinham dos políticos”, perceciona.

Por isso, crê que a subida não acontece tanto por mérito do Chega, que apresenta propostas muitas vezes contraditórias, mas pela “mágoa” que se apoderou de uma franja substancial da população.

Em relação à mudança para o Chega dos que votavam nos partidos de esquerda, Pedro Oliveira aponta para a alteração da composição da população em concelhos como Benavente, de cariz tradicionalmente agrícola, e que “começam a urbanizar-se”.

O docente de economia diz que os comunistas deixaram de ter “a capacidade de interpretar mudanças sociais, designadamente na estrutura demográfica destes concelhos”, porque “os jovens não se reveem em discursos que estão marcadamente agarrados a um passado há 30 e 40 anos”.

E acrescenta ainda, ao caldo que levou à mudança, a penalização da “classe média”, que foi “a mais castigada com a perda real do valor dos salários e a escalada da inflação”.

Já Sofia, que reside em Samora Correia e há vários anos trabalha em Lisboa como investigadora da área de Biotecnologia do Instituto Superior Técnico, diz que a vida naquela região é muito diferente da que se vive na capital. “É bastante difícil. As pessoas aqui não vivem nem mal, nem bem. São as pessoas que estão nas franjas e têm dificuldade em fazer as coisas acontecer”, explica.

"[Os comunistas deixaram de ter] a capacidade de interpretar mudanças sociais, designadamente na estrutura demográfica destes concelhos”, Pedro Oliveira, professor de economia da Escola Superior de Gestão e Tecnologia.

O que é que isso quer dizer? “Fazer uma empresa é difícil, porque não sabem com quem falar e não conhecem as pessoas certas, depois é a Autoridade Tributária, que vem cá num mês que lhes corra melhor dizer que ultrapassaram não sei o quê”, responde.

Diz que ali se sente que o Estado é um “empecilho” que dificulta a vida das pessoas. “Os eleitores do Chega são aqueles que têm pequenos negócios e que são pequenos há 50 anos”, desenvolve. “Tinham a expetativa de mais. Conheço pessoas que votaram no Chega e que têm formação superior e a quem a vida não correu como esperavam”, acrescenta.

"Sinto revolta"

De regresso pela última vez ao centro do concelho de Benavente, encontramos uma dessas pessoas que Sofia dava como exemplo. Uma pequena comerciante. Não se quer identificar, porque naquela loja “não se fala de política, nem de futebol”.

Ainda assim desabafa. Votou no Chega depois de muitos anos a escolher pequenos partidos que “não elegiam ninguém”. Mas, desta vez, quis mandar uma mensagem para ser ouvida. “Sinto revolta”, sintetiza.

A conversa continua com a jovem de 28 anos. “Eu não sou racista, nem nada do género”, enfatiza. Para logo de seguida acrescentar: “Mas isto parece um depósito, um ‘mix’ de culturas. É estranho como é que eles conseguem alugar um espaço e pagar 1.200 euros, quando nós estamos aqui num espaço pequenino e é difícil aguentarmo-nos. E a nossa pergunta é: Como é que isto é possível? Revolta-nos”, lamenta.

Por isso, votou no Chega. Foi a primeira vez. “Pode não ser o mais acertado”, equaciona. “Mas como é que há pessoas aqui que não têm rendimentos e conseguem por os filhos na creche? Enquanto nós, eu que sou mãe, não consigo pôr a minha filha na creche porque não há vaga. Isto cansa”, critica.

“Se o voto foi o mais acertado?”, volta a questionar-se. “Se calhar não, mas as pessoas andam cansadas”.

Quer isso dizer que não acredita que o voto no Chega é mesmo para mudar? “Não, não vai mudar nada. É só para eles perceberem que Portugal está farto”, remata.

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  • Maria
    17 mar, 2024 Palmela 12:24
    A judite disse que a sociedade civil "tinha perceber o que se estava a passar em relacao ao chega " e o ze carlos disse que a sociedade civil ja tinha percebido os partidos e que nao !
  • Maria
    17 mar, 2024 Palmela 12:19
    Se eu tivesse que dar um premio na noite das eleicoes"dava a jose carlos castro por uma coisa que ele disse a judite de sousa!

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