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Portimão. Trabalhadores da recolha de lixo em greve de quatro dias

02 ago, 2023 - 17:09 • Lusa

Greve está marcada entre a próxima sexta e segunda-feira. Trabalhadores exigem reposição de 35 horas semanais de trabalho e eliminação do banco de horas.

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Trabalhadores da recolha do lixo e higiene urbana de Portimão vão fazer quatro dias de greve a partir de sexta-feira, por aumentos salariais e valorização das carreiras, disse esta quarta-feira fonte do sindicato do setor.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), para o período entre sexta e segunda-feira.

A paralisação vai abranger os trabalhadores da EMARP, empresa municipal gestora pela recolha, tratamento e deposição de resíduos urbanos e higiene urbana de Portimão, no distrito de Faro, cuja Câmara Municipal detém 100% do capital social.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente regional do Algarve do STAL, Bruno Luz, explicou que "a greve resultou da falta de disponibilidade manifestada pela empresa para negociar o caderno reivindicativo apresentado pelos trabalhadores".

De acordo com o dirigente sindical, existe "um profundo descontentamento" dos trabalhadores com a situação laboral, dado que "têm visto o seu poder de compra deteriorar-se" nos últimos anos e de forma mais acentuada no último ano.

Bruno Luz explicou que o caderno reivindicativo, aprovado em plenário e apresentado à empresa, aponta "medidas imediatas" para a valorização dos salários, "como a revisão da tabela salarial, atualização de subsídios e a recuperação do tempo de serviço".

Ao mesmo tempo, "exigem a reposição das 35 horas semanais de trabalho, a eliminação do designado banco de horas, o combate à precariedade e o respeito pelas funções", notou.

O dirigente considerou que a EMARP "tem condições para corresponder às exigências e melhorar os salários dos trabalhadores", já que em 2022 registou um volume de negócios de cerca de 30 milhões de euros e obteve um resultado líquido de dois milhões de euros.

Em comunicado, o STAL atribui à administração da empresa a responsabilidade da greve, que vai afetar durante quatro dias a recolha de lixo e a higiene urbana do município algarvio em plena época alta do turismo.

"A administração da EMARP tem nas suas mãos a responsabilidade de encetar negociações sérias e há muito tempo reivindicadas", salienta o sindicato.

Por outro lado, adianta, a Câmara Municipal de Portimão também "tem optado por ignorar os problemas denunciados, demonstrando uma atitude passiva e despreocupada às dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores.

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