23 nov, 2022 - 20:34 • Redação
O deputado socialista Porfírio Silva considera que o Parlamento Europeu cometeu um “erro monumental” ao declarar a Rússia como um estado patrocinador do terrorismo.
No programa Casa Comum, da Renascença, Porfírio Silva defende que a resolução aprovada pela maioria dos eurodeputados constitui um estímulo ao discurso de vingança e baseia-se num conceito jurídico indefinido que se intromete na batalha política pela independência da Ucrânia.
“Esta resolução, por exemplo, vem ressuscitar o tema da União Soviética. Isto é querer seguir uma estratégia política completamente diferente da estratégia política que sempre foi a da Europa, que é 'vamos resolver os nossos problemas pacificamente, não vamos fazer do processo político um processo de vingança'”, lembra o comentador.
O objetivo é que Moscovo venha a responder por cri(...)
Avaliando a resolução do Parlamento Europeu mais em detalhe, Porfírio Silva diz que encontra “coisas absolutamente abomináveis”.
Exemplo disso, diz, é que, no limite o texto pressupõe a proibição da existência de associações de cidadãos russos em Portugal: “Não acho isto normal”, critica.
O deputado socialista diz ser necessário “fazer uma distinção muito clara entre o regime russo - que está neste momento e que espero que não seja eterno -, as extensões do regime russo e, depois, todas as pessoas russas, quer os opositores lá, quer os que existem pelo mundo, que não podem ser apanhados numa perspetiva de vingança histórica”.