27 abr, 2023 - 09:12 • Redação
Esta quarta-feira, a Presidente do Peru declarou estado de emergência e reforçou a presença das forças de segurança nas fronteiras, de forma a evitar a entrada das centenas de migrantes retidos há semanas no norte do Chile.
Dina Boluarte, chefe de Estado peruana, revelou que ordenou o envio de soldados para reforçar a segurança já feita pela polícia nos postos de controlo das fronteiras com o Chile, Bolívia, Brasil, Equador e Colômbia.
Os pontos de entrada ficam, assim, com uma vigilância mais musculada, de maneira a impedir que os migrantes, nomeadamente do Haiti e da Venezuela - de acordo com a ONU -, entrem no país.
As centenas de pessoas deslocadas estão retidas há várias semanas na fronteira entre Arica, no norte do Chile, e Tacna, no sul do Peru. Os migrantes pretendem regressar a casa ou continuar a rumar para norte, em direção aos Estados Unidos.
A Presidente peruana disse ainda que também já foram enviados 200 agentes da polícia para a fronteira para combater o crime transnacional.
Além de uma crise política provocada pela destituição e detenção do antigo Presidente, Pedro Castillo, a 7 de dezembro, e a posterior sucessão constitucional da vice-Presidente Dina Boluarte, o Peru tem sido palco de confrontos entre manifestantes e polícia, que já provocaram a morte de 49 civis e, pelo menos, 1.300 feridos.
Já em fevereiro e em dezembro tinham sido decretados iguais estados de emergência, devido aos protestos pela mudança na liderança do país.
Não há ainda informação sobre durante quanto tempo irá vigorar o atual estado de emergência.