01 nov, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral
Surgiu fora de tempo – faria sentido como programa do actual Governo ou, pelo menos, como documento publicado alguns meses após a posse do executivo.
Depois assistiu-se a uma longa sucessão de adiamentos na apresentação do “guião da reforma do Estado” pelo vice-primeiro ministro. E muitas das medidas agora esboçadas não são novas.
O PS reagiu de imediato, criticando Portas. Seguro não aceitará nada que venha do Governo até que haja eleições - para as ganhar.
Se tal acontecer, será o PS a pedir diálogo e consenso. Porque, para além de todas as tácticas partidárias, há um facto indesmentível: até por causa do envelhecimento da população e da baixíssima natalidade, o actual Estado não é sustentável.
Alguma coisa terá de mudar. Nessa perspectiva, as propostas (moderadas e abertas a alterações) divulgadas na quarta-feira são um contributo útil para a indispensável mudança. Ainda que esta apenas se concretize daqui a anos.