18 nov, 2024 - 13:16 • Jaime Dantas
A estrela do ballet russo Vladimir Shklyarov morreu este sábado aos 39 anos, depois de cair do quinto andar de um edifício em São Petersburgo, na Rússia.
Segundo a agência de informação russa RIA Novosti, que cita fonte policial, o bailarino terá morrido de causas naturais. Ainda assim, foi aberto um inquérito à sua morte.
"Ele morreu de causas naturais, não foi um crime", disse a fonte citada pela agência.
A morte do artista foi inicialmente associada ao consumo de drogas, uma versão que a ex-mulher veio rejeitar, considerando-a "especulação da imprensa". Irina Bartnovskaya acrescentou ainda que o homem, de quem recentemente se divorciou, tomava analgésicos e preparava-se para uma operação à coluna vertebral.
A mãe dos dois filhos de Shklyarov conta mesmo que o ex-marido terá ido fumar para uma "varanda muito estreita", tendo acabado por tropeçar.
Foram várias as reações à morte do bailarino, começando pelo Teatro Mariinsky - onde era a estrela principal - que diz que "esta é uma grande perda" para a instituição.
Também a colega de palco Diana Vishneva reagiu através das redes sociais, classificando a partida do homem de 39 anos como uma "tragédia" para o mundo do ballet.
"Eras muito amado pelo teu público, o bailarino preferido das bailarinas, um incrível pai para os teus filhos", pode ler-se na publicação.
Nascido em Leningrado - hoje São Petersburgo - estudou na Academia Vaganova de ballet russo e formou-se em 2003.
Juntou-se no mesmo ano ao Teatro Mariinsky, tornando-se bailarino principal em 2011.
Ao longo de 20 anos de carreira, dançou em várias produções, incluindo "Giselle", "A Bela Adormecida", "Don Quixote", "O Lago dos Cisnes e Romeu e Julieta".
Atuou em grandes palcos mundiais, incluindo a Royal Opera House em Londres e a Metropolitan Opera em Nova Iorque.
Nos seus últimos anos de vida ficou conhecido como defensor da paz, ao posicionar-se contra a guerra na Ucrânia nas redes sociais.
"Sou contra a guerra na Ucrânia! Sou a favor do povo, de um céu pacífico sobre as nossas cabeças!", disse, em fevereiro de 2022.