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Belém Soundcheck, o novo festival que promete marcar a diferença

16 nov, 2023 - 16:04 • Redação

Fado, jazz, música eletrónica e erudita invadem o pequeno e grande auditório do CCB, entre 21 e 24 de março de 2024. O festival implica um investimento de meio milhão de euros.

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O Belém Soundcheck chega em março de 2024 a Lisboa para ser o "chão comum de uma programação diversa". Um festival bienal e que promete marcar a diferença. A primeira edição realiza-se entre 21 e 24 de março. Camané, Maria João, Soundwalk Collective & Patti Smith e Il Giardino Armonico são alguns dos nomes em cartaz.

O penúltimo dia do Belém SoundCheck coincide com a data de aniversário do próprio Centro Cultural de Belém (CCB). O administrador Delfim Sardo caracteriza o festival como uma "comemoração do CCB e da primavera", e justifica as datas também como uma forma de escapar à época dos festivais, onde há uma "concorrência excessiva, que pode ser completamente autofágica".

O Belém Soundcheck tem uma programação diversificada e com concertos "individualizados e articulados", descreve Delfim Sardo, além de acompanhar a tendência que os próprios artistas procuram de conjugar vários estilos musicais. "Tem um formato que achamos único em Portugal", indica.

O nome do novo festival refere-se ao facto de "estarmos com o ouvido muito atento a novos músicos, à exploração de territórios sonoros e ao que se está a fazer pelo mundo fora", explica Fernando Luís Sampaio, um dos programadores do festival.

O Belém Soundcheck conta com um investimento de meio milhão de euros, numa parceria entre o CCB, a Égide - Associação Portuguesa das Artes -, a EGEAC e o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.

"Um festival para escutar o mundo"

Um dos destaques do cartaz da primeira edição, a performance imersiva, "multisensorial e multimédia" de Patti Smith com o Soundwalk Collective descreve a essência deste novo festival, diz Fernando Luís Sampaio.

A atuação interliga-se com a exposição "Evidence", que vai estar patente até 8 de setembro de 2024, no Museu de Arte Contemporânea/CCB e coincide com o festival. Trata-se de uma viagem caraterizada como "poética", que junta diversos formatos.

Para o programador, este será "um dos momentos altos do festival" e deixará a "marca de água do que será o futuro do Belém Soundcheck".

Também em destaque está o concerto do fadista Camané em homenagem a José Mário Branco. "Inquietação" vai aliar outras sonoridades ao fado, acompanhado por um trio de guitarras.

Será uma atuação "diferente do que habitualmente ouvimos" deste artista português, promete Fernando Luís Sampaio. Tó Trips e Mário Laginha são convidados, assim como o quarteto de cordas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

"É importante que as pessoas sintam que o CCB é um espaço para todos os públicos", afirma Cesário Costa, programador de música erudita do CCB.

O grupo II Giardino Armonico com Giovanni Sollima é outro destaque desta primeira edição. Sollima é um compositor italiano conhecido pela sua versatilidade, conjugando música rock com música étnica.

Cesário Costa considera "importante que a música erudita tenha uma preocupação de abrir portas para outras áreas, porque temos que conseguir chegar a novos públicos".

A cantora de jazz Maria João vem "romper com os cânones daquilo a que estamos habituados", promete Fernando Luís Sampaio. Aliás, admite que o aliar de diferentes sonoridades é mais um traço que carateriza este Belém Soundcheck: "Um festival para escutar o mundo".

Oportunidade de poder assistir a todos os espetáculos

Não há sobreposição de horários entre as atuações, pelo que o público poderá desfrutar de toda a programação.

O bilhete mais caro tem o custo de 66 euros e o mais barato 7,5 euros. Se tem o cartão CCB, pode já adquirir bilhetes a partir desta sexta-feira. Se não, terá de esperar até domingo.

Há descontos para quem comprar três bilhetes para espetáculos diferentes, assim como 50% de desconto para pessoas com necessidades específicas e para os seus acompanhantes.

As performances têm a inclusão de todos os públicos em conta. Haverá uma melhoria dos acessos, espetáculos com língua gestual portuguesa e coletes sensoriais para pessoas surdas, assim como espetáculos com áudiodescrição.

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