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João Canijo prova que "cinema português é fonte insubstituível de conhecimento e de imaginação"

25 fev, 2023 - 22:33 • Lusa

Reação do ministro da Cultura ao Urso de Prata conquistado pelo filme "Mal Viver", no Festival de Cinema de Berlim.

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O ministro da Cultura felicita João Canijo pelo Prémio do Júri conquistado no Festival de Berlim, considerando que a obra do realizador mostra como o cinema português é fonte de "conhecimento e imaginação" sobre o país que somos.

O filme "Mal Viver", de João Canijo, venceu este sábado o Uso de Prata do Prémio do Júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim, competição para a qual viu selecionadas duas longas-metragens interligadas, que tiveram estreia em secções distintas: "Mal Viver", na competição oficial, e "Viver Mal" na secção Encontros, dedicada a "novas visões cinematográficas".

"Canijo já tinha sido objeto de uma distinção extraordinária este ano, ao ter não um mas dois filmes selecionados para este festival que -- a par de Cannes e de Veneza - está entre os três mais importantes do mundo", afirma o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, numa mensagem escrita enviada à agência Lusa.

""Mal Viver" e "Viver Mal" compõem duas histórias que funcionam em espelho, acrescentando mais uma camada ao complexo retrato da sociedade portuguesa que Canijo tem vindo a construir desde o final dos anos 1980", escreve Adão e Silva, concluindo que a obra do realizador "mostra bem que o cinema português é fonte insubstituível de conhecimento e de imaginação sobre o país que somos".

O filme "Mal Viver" "é a história de uma família de várias mulheres de diferentes gerações, que arrastam uma vida dilacerada pelo ressentimento e o rancor, que a chegada inesperada de uma neta vem abalar, no tempo de um fim de semana", segundo a sinopse da obra. "Viver Mal" segue em paralelo àquela história, centrando-se nos hóspedes que passam pelo hotel.

O elenco conta sobretudo com mulheres, com Rita Blanco, Anabela Moreira, Madalena Almeida, Cleia Almeida, Vera Barreto, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Lia Carvalho, Beatriz Batarda, Leonor Vasconcelos e Carolina Amaral, às quais se juntam Nuno Lopes e Rafael Morais.

A produtora Midas Filmes descreve os filmes como "um dos mais ambiciosos empreendimentos artísticos dos anos mais recentes" no percurso de João Canijo. Ambos estreiam-se nos cinemas portugueses a 11 de maio.

João Canijo já tinha estado presente noutros festivais de cinema, como Cannes, com "Noite Escura" (2004), Veneza, com "Mal Nascida" (2007) e San Sebastian, onde venceu dois prémios com "Sangue do meu Sangue" (2011).

No seu discurso, Canijo agradeceu à equipa de produção e distribuição, assim como à equipa que consigo criou o filme, "composta quase completamente por mulheres", nomeando em especial a diretora de fotografia, Leonor Teles.

Em 2016, Leonor Teles conquistou o Urso de Ouro do Festival de Berlim, na competição de curtas-metragens, com "Balada de um Batráquio".

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