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Festas do Espírito Santo de Alenquer candidatas a Património Cultural Imaterial Nacional

30 jan, 2023 - 16:41 • Lusa

São celebradas há mais de 700 anos e foram fundadas na vila pela Rainha Santa Isabel e pelo Rei D. Dinis.

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A Câmara de Alenquer, no distrito de Lisboa, aprovou esta segunda-feira, a candidatura das Festas do Divino Espírito Santo a Património Cultural Imaterial Nacional.

A proposta de inscrição das festas no inventário nacional do Património Cultural Imaterial foi aprovada por unanimidade.

"Estamos em condições de submeter a candidatura", afirmou o vice-presidente, Rui Costa, adiantando que, em 2022, em conjunto com uma cooperativa cultural, foi efetuado o estudo e documentários das tradições associadas às Festas do Espírito Santo. Também este ano, pretende editar um livro sobre o tema.

Em 2021, a Assembleia Municipal de Alenquer decidiu atribuir interesse municipal às Festas do Divino Espírito Santo, por ocasião dos 700 anos dos festejos.

As Festas do Divino Espírito Santo foram fundadas em Alenquer pela Rainha Santa Isabel e pelo seu marido, o rei D. Dinis, em 1321.

Os festejos incluíam a coroação do Imperador, o cortejo majestático, a procissão litúrgica e a distribuição do bodo de carne e pão, distribuído aos pobres. As tradições, que sobreviveram até hoje, têm agora o bodo distribuído a toda a população e não só aos pobres.

Os festejos, que terão tido origem em Alenquer em 1279, espalhando-se depois para o país e para o mundo, onde existem comunidades de emigrantes, continuam a realizar-se e têm associado um património arquitetónico e artístico rico e diversificado.

Além de Alenquer e do Arquipélago dos Açores, onde o culto do Espírito Santo é muito forte, existem outros locais onde os festejos permanecem até aos dias de hoje, como em África, Índia, Estados Unidos da América e Canadá.

Nos últimos 10 anos, as festas foram também retomadas em localidades do concelho como Aldeia Galega, Aldeia Gavinha, Atalaia, Ota, Pereiro de Palhacana, Paúla e Carregado/Cadafais.

A devoção e culto do Espírito Santo corporizou-se na criação de confrarias locais sob a sua invocação, vocacionadas para a prática da solidariedade social, através da fundação e gestão de hospitais e albergarias, que, em conjunto, funcionavam como uma rede alargada de assistência, atribuindo-se aos Franciscanos essa responsabilidade.


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