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Expedição vai recriar viagem de Gago Coutinho e Sacadura Cabral

09 fev, 2022 - 19:26 • Lusa

Nove veleiros, de 10 a 12 metros de comprimento, num total de 30 tripulantes, deixam Lisboa no próximo dia 3 de abril, da Torre de Belém. A expedição, para assinalar os 100 anos da travessia aérea do Atlântico Sul, inclui passagens pela Ilha da Madeira, Las Palmas, Cabo verde, Fernando Noronha e Rio de Janeiro.

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Duas associações da sociedade civil portuguesa apresentam quinta-feira em Lisboa a "Expedição Lusitânia", que pretende assinalar os 100 anos da travessia aérea do Atlântico Sul, realizada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, e o bicentenário da Independência do Brasil.

O desafio da expedição, organizada pela Associação David Melgueiro (ADM) e pela Associação Nacional de Cruzeiros (ANC), é replicar por mar e à vela, "o mais fidedignamente possível", o percurso de Sacadura Cabral e Gago Coutinho, respeitando na medida do possível as datas de partida de Lisboa e de chegada ao Rio de Janeiro.

Uma flotilha de veleiros, propriedade dos sócios das associações, aceitaram o desafio e nove veleiros, de 10 a 12 metros de comprimento, num total de 30 tripulantes, deixam Lisboa no próximo dia 3 de abril, da Torre de Belém, disse à Lusa o promotor da expedição, José Mesquita.

A travessia, por etapas, inclui passagens pela Ilha da Madeira, Las Palmas (Espanha), Cabo verde, Fernando Noronha (Brasil) e Rio de Janeiro.

O início da viagem de regresso a Lisboa será em novembro deste ano, depois da época dos ciclones, e percorrerá todo o arco das Caraíbas, com passagem por Cuba, Bermudas e Açores, com chegada prevista a Lisboa entre julho e setembro de 2023.

Em várias das escalas, designadamente no Rio de Janeiro e em Cabo Verde, a expedição apresentará uma exposição de artes plásticas e concertos musicais.

A épica viagem de Gago Coutinho e Sacadura Cabral iniciou-se em Lisboa, em 30 de março de 1922, com um hidroavião monomotor Fairey F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem, equipado com motor Rolls-Royce e batizado "Lusitânia".

Na escala em Fernando Noronha (Brasil), foi necessário substituir o hidroavião, tendo para tal a viagem prosseguido com outro aparelho Fairey, batizado "Pátria", mas uma avaria no motor obrigou a nova substituição, e um terceiro Fairey, batizado "Santa Cruz", concluiu a travessia com escalas em Salvador, Porto Seguro, Vitória e dali para o Rio de Janeiro, então capital federal, onde, em 17 de junho de 1922 amarou em frente à Ilha das Enxadas, nas águas da baía de Guanabara.

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  • Falta é dinheiro
    11 fev, 2022 Como sempre 16:16
    Recriar verdadeiramente a viagem, era mandar fazer uma réplica do Fairey F III-D MkII original - evidentemente com alguns instrumentos de apoio modernos, não exageremos - e repetir a viagem em datas e etapas. Mas claro ... E com isso, disse tudo.

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