23 mai, 2021 - 17:46 • Lusa
A Casa da Arquitetura -- Centro Português de Arquitetura lamentou este domingo a morte do arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, primeiro sócio-honorário da instituição, que morreu hoje aos 92 anos em São Paulo, no Brasil.
"Foi com enorme dor e profunda consternação que a Casa da Arquitetura soube do falecimento do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, o seu primeiro sócio-honorário, esta manhã, em São Paulo, aos 92 anos de idade", refere a organização sediada em Matosinhos numa nota enviada à Lusa.
"A Casa da Arquitetura expressa as mais sentidas condolências à família, amigos e colaboradores, solidarizando-se com todos os que, ao longo de décadas, conheceram, trabalham e privaram com tão excecional personalidade", acrescentou a organização.
A instituição considera Paulo Mendes da Rocha como um "amigo" com quem mantinha "uma relação próxima há muitos anos", recordando que o arquiteto brasileiro doou o acervo integral do seu trabalho à Casa da Arquitetura em setembro de 2020.
Considerando que "o mundo e a arquitetura ficam irremediavelmente mais pobres", a Casa da Arquitetura recordou que tem programada para 2023 uma "grande exposição monográfica dedicada a Paulo Mendes da Rocha".
A morte do arquiteto, o mais premiado arquiteto brasileiro de sempre, em São Paulo, onde estava internado, foi confirmada ao diário brasileiro Folha de São Paulo pelo seu filho, Pedro Mendes da Rocha.
Prémio Pritzker, em 2006, e Leão de Ouro de carreira na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2016, Paulo Mendes da Rocha nasceu em 1928, em Vitória, no estado brasileiro do Espírito Santo.
Entre as suas mais conhecidas obras estão o Museu Brasileiro de Escultura (1987), o Museu de Arte de Campinas (1989) e o restauro da Estação da Luz, em São Paulo, convertida em Museu da Língua Portuguesa (2006).
Em Portugal Paulo Mendes da Rocha assinou duas das poucas obras que fez fora do Brasil: o Museu dos Coches e a Casa do Quelhas, em Lisboa.