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Dia do Trabalhador comemorado por CGTP e UGT em todo o país

30 abr, 2024 - 12:46 • Lusa

O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, afirma estar convicto de que tanto o 25 de Abril como o 1.º de Maio são este ano "grandes momentos de afirmação dos trabalhadores" pela valorização dos salários e combate à precariedade.

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O Dia do Trabalhador é comemorado esta quarta-feira, 1 de maio, em todo o país com as centrais sindicais CGTP e UGT a promoverem manifestações e iniciativas pela valorização dos trabalhadores.

As comemorações da CGTP do Dia do Trabalhador, em Lisboa, iniciam-se de manhã com a corrida internacional do 1.º de Maio, com partida e chegada no Estádio 1.º de Maio.

À tarde, a partir das 14h30, a central sindical promove o tradicional desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, onde no fim haverá um comício que terá como orador principal o novo secretário-geral da central sindical, Tiago Oliveira, que sucedeu a Isabel Camarinha em fevereiro.

No Porto, está prevista uma manifestação, à tarde, na Avenida dos Aliados.

As comemorações da central sindical ocorrem ainda por todo o país, abrangendo, segundo o programa divulgado, Açores, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Cimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Madeira, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, com manifestações, festas populares e provas desportivas.

Há duas semanas, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, disse estar convicto de que tanto o 25 de Abril como o 1.º de Maio são este ano "grandes momentos de afirmação dos trabalhadores" pela valorização dos salários e combate à precariedade.

Tiago Oliveira defendeu que "é possível, é necessário" aumentar durante este ano o salário mínimo nacional para os 1.000 euros e que isso "irá criar as condições para impulsionar a economia", criticando o Governo (PSD/CDS-PP) por só pretender atingir esse valor em 2028.

A central sindical UGT comemora este ano o 1.º de Maio em Vila Real, na Praça do Município desta cidade de Trás-os-Montes.

No tempo de antena disponível no seu 'site', o secretário-geral, Mário Mourão, diz que a UGT exige ao Governo que cumpra o aumentos dos salários e pensões e que "continua disponível para o reforço da concertação e diálogo social mas se necessário também para a luta". Sobre as empresas privadas, afirmou que "não podem continuar a ganhar milhões apenas para os acionistas e os administradores".

Mourão apelou ainda à sindicalização, "em especial aos jovens e mulheres", pois "nada está adquirido".

As comemorações em Vila Real iniciam-se às 11h30 com atividades desportivas e culturais e haverá às 15:00 intervenções de dirigentes políticos e sindicais, destacando-se a de Mário Mourão.

O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 137 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.

Há 50 anos, em Portugal, a celebração do 1.º de Maio, apenas uma semana após a revolução do 25 de abril, foi uma grande manifestação popular.

Por todo o país, centenas de milhares de pessoas saíram à rua mostrando a sua alegria e com exigências como 'direito à greve', 'fim da guerra já' ou 'regresso dos soldados', segundo as fotografias da época.

Em Lisboa, estima-se que tenham estado 500 mil pessoas na manifestação do Dia do Trabalhador de 1974.

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  • Anastácio José Marti
    30 abr, 2024 Lisboa 14:54
    Mas o que é que estas supostas centrais sindicais têm para comemorar enquanto nada fizerem para que seja revertido para os trabalhadores os Subsídios de Férias e de Natal por inteiro como sempre aconteceu até à vinda da Troika? Será que 11anos volvidos após a saída da Troika do país ainda não é tempo para que estas alegadas centrais sindicais provem a quem trabalha que não são centrais politicas sempre, enquanto nada fizerem para deixarem de ser cúmplices desta desonestidade intelectual e destas injustiças que são cometidas para com quem trabalha? O que dirão os trabalhadores DEFICIENTES ignorados e desrespeitados, assim como os seus legítimos direitos pelas mesmas supostas centrais sindicais, que continuam a assistirem a reais homicídios profissionais destes trabalhadores que alguns até impedidos são de se realizarem profissionalmente e de ingressarem na carreira de Técnico Superior apesar de reunirem todos os requisitos legais para isso há várias décadas? Só mesmo as ausências de brio profissional, de responsabilidade e de honestidade intelectual podem permitir alguma comemoração aos que nada continuam a fazer para com os homicídios profissionais dos trabalhadores DEFICIENTES pelo próprio Estado português. Vergonha, seriedade e responsabilidades precisa-se desde sempre para os que nunca dignificaram o sindicalismo em Portugal e no mundo por terem optado por serem cúmplices destas vergonhas nacionais.

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