08 mai, 2018 - 13:00 • Rui Barros
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Quando, esta terça e quinta-feira, os países europeus estiverem a medir forças em palco para conseguir um lugar na final do Eurovisão, portugueses, espanhóis, italianos, franceses, alemães e britânicos estarão descansados: as suas músicas já está apurada para a final.
Mas porque é que isto acontece?
O caso português é o mais fácil de explicar: a vitória de Salvador Sobral em 2017 deu-nos não só o direito a organizar esta edição do evento como garantiu o apuramento para a final sem necessidade de competição.
Já Espanha, Itália, França, Alemanha e Reino Unido estão lá porque, no fundo, são os países que mais dinheiro desembolsam para concretizar o Eurovisão.
O festival europeu da canção é organizado pela União Europeia de Radiodifusão, que necessita de financiamento, e esses cinco países são os que mais contribuem para este consórcio europeu. Em troca, ganham entrada direta na final.
Esta regra surgiu quando, em 2000, o formato do festival foi reformulado. Como pagavam o grosso da fatura, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido - os “Big Four” - foram dispensados desta “pré-seleção”.Com o regresso da Itália ao festival, em 2011, os “Big Four” tornaram-se os “Big Five”.
As únicas exceções a esta regra deram-se em 2011 e 2015. Em 2011, como a Alemanha foi também país anfitrião do festival, foram só cinco os países com bilhete garantido para a disputa final. Em 2015, a entrada da Austrália valeu-lhe o estatuto de “país convidado”; graças a isso, juntou-se aos "Big Five" e ao país anfitrião que tem qualificação automática.