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Aos 10 anos, Flor veio a Fátima pedir para ter um bom dia e ser feliz

10 jun, 2024 - 15:32 • Ana Catarina André

A Peregrinação das Crianças juntou, neste 10 de junho, 120 mil peregrinos, dos quais 20 mil eram menores.

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Vieram em três autocarros, desde a paróquia de São Mamede de Infesta, diocese do Porto, para se juntarem à Peregrinação das Crianças que acontece a cada 10 de junho, na Cova da Iria. No grupo composto por 137 pessoas, a maioria das quais menores, está Flor, de 10 anos. A menina, que frequenta o quarto volume de catequese, conta que veio “para conhecer coisas novas”. Num ano em que o Santuário de Fátima escolheu a oração como tema da Peregrinação das Crianças, Flor revela que “veio pedir a Deus” para lhe dar “um bom dia e ser feliz”.

De acordo com dados oficiais, a Peregrinação das Crianças juntou, no Santuário de Fátima, esta segunda-feira, 10 de junho, cerca de 120 mil peregrinos, dos quais 20 mil eram crianças. Participaram também 80 sacerdotes e dois bispos.

Entre os mais de 100 membros da paróquia de São Mamede de Infesta esteve também o acólito Gabriel, de 11 anos. “Desde criança que acompanho Jesus”, frisa, timidamente, contando que gosta muito da Igreja. A seu lado, Nuno de 16 anos reconhece que o Santuário de Fátima é “um sítio onde se está mais ligado a Jesus”.

Para Fátima Cerqueira, uma das catequistas da paróquia, trazer as crianças a Fátima neste dia permite-lhes ter uma experiência diferente. “A Igreja não são as quatro paredes. É o que está fora, o que se passa aqui. É uma emoção também ver Nossa Senhora, ver o nosso padre ali no altar, entre outros padres”, diz. E remata: “Penso que é um conhecimento que noutra situação não teriam.”

“A oração é um oásis no meio do mundo”

Na celebração, marcada por momentos de encenação com balões e coreografias, D. Roberto Rosmaninho Mariz, que presidiu à Eucaristia, lembrou que a oração “nos deve ajudar a sonhar o mundo, em que os pecadores se convertam, em que a paz exista, em que a Igreja também vive unida e comprometida”. O bispo auxiliar do Porto, nomeado o ano passado pelo Papa Francisco, deixou um apelo: “Quando rezamos que possamos sentir esta Graça de Deus que faz de nós sonhadores de um mundo novo, praticantes.”

Recordando que “os grandes amigos de Jesus postos em liberdade começaram a rezar”, o bispo auxiliar do Porto sublinhou que “não há relação com Deus” sem oração. “Tal como o oxigénio é necessário para vivermos, a oração é fundamental para a nossa alma, para o nosso espírito”, frisou, agradecendo aos catequistas, às famílias, aos párocos e aos consagrados por serem “escola de oração” para os mais pequenos. “Sabemos o que é um deserto, o que é um oásis. A oração é um oásis no meio do mundo, da sociedade de hoje.”

Na escadaria da esplanada do Santuário, onde falou para as crianças, D. Roberto Rosmaninho Mariz afirmou ainda que “hoje não faltam amigos de Jesus que são proibidos de rezar”. “Alguns são até mortos”, disse, apelando à oração dos presentes pela liberdade religiosa em todo o mundo.

No final da celebração, os mais pequenos receberam um livro de orações, uma oferta que se enquadra no mote que, este ano, o Santuário escolheu para a Peregrinação das Crianças e que reproduz as palavras que o Anjo dirigiu aos pastorinhos: “Orai comigo”. Entre os concelebrantes estiveram D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima e presidente da Conferência Episcopal Portugal, e o padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima.

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