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Casa do Gaiato: 70 anos do Calvário de Beire em festa no Coliseu do Porto

23 mai, 2024 - 11:13 • Henrique Cunha

O Calvário de Beire é uma das últimas realizações do Padre Américo. O fundador da Casa do Gaiato sonhou um local de acolhimento de doentes sem retaguarda familiar. Comemoração está marcada para 17 de junho.

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A casa foi criada pelo Padre Américo para responder a doentes em fim de vida, sem retaguarda familiar. O padre José Alfredo, responsável pelo Calvário e a Casa do Gaiato de Beire lembra, em declarações à Renascença que a ideia da criação do Calvário partiu de “um desejo do Pai Américo de criar um lugar para atender doentes e cuidar deles em fim de vida. Sobretudo doentes sem condições de habitação digna e sem retaguarda familiar”.

De acordo com o sacerdote “é a última grande realização da atividade pastoral do Padre Américo”. “Ele pediu uma quinta que estava abandonada na freguesia de Beire, em Paredes para construir ali um hospital. Na Quinta o projeto funciona em dois polos: O Calvário para os doentes e casa do Gaiato para as crianças que precisavam de acolhimento e que não conseguiriam ser autónomas”, acrescenta.

Neste momento, a instituição acolhe nove rapazes com deficiência intelectual e 16 doentes com limitações.

O padre José Alfredo sublinha que a instituição tem promovido mudanças na gestão do espaço e admite a breve prazo poder “voltar a acolher alguns doentes que foram retirados do espaço por falta de condições”. “Estamos a falar de cerca de mais 20 doentes que vão regressar”, revela o sacerdote.

A celebração dos 70 anos do Calvário de Beire contará com a participação especial da Banda do Exército e da artista Teresa Salgueiro, num espetáculo marcado para o Coliseu do Porto, permitindo dessa forma reviver “as celebres festas do Gaiato no Coliseu". O padre José Alfredo refere que a ideia “é procurar fazer uma memória desse acontecimento e ao mesmo tempo contribuir também para o processo de beatificação do padre Américo que está em curso”.

O sacerdote recorda como “foram celebres as festas do Gaiato no Coliseu” e admite que “a ideia de regressar a esse lugar é reavivar essa memória das celebrações, das festas que o Padre Américo fazia no Coliseu e que na altura, nos anos 50 e 60 eram um autentico sucesso”.

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