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Responsáveis da catequese do sul da Europa reúnem-se em Roma

23 abr, 2024 - 07:55 • Olímpia Mairos

D. António Augusto Azevedo sublinha que no atual contexto cultural e social “é indispensável um novo impulso, uma redescoberta da fé, uma transmissão nova do Evangelho e da vida cristã”.

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As comissões episcopais da catequese de Espanha, Itália e Portugal, vão reunir-se, esta terça e quarta-feira, em Roma, para “dar continuidade a um trabalho sinodal comum”, e alargar a reflexão sobre “Diretório para a Catequese” e os “os diferentes desafios para a catequese”, no sul da Europa.

“Temos não só uma grande proximidade geográfica, mas a perceção plena de que o caminho a percorrer nesta área da Igreja se fará melhor em partilha, discernimento comum, de modo a podermos perceber os sinais dos tempos e aquilo a que o Senhor nos chama”, explica D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF).

Neste terceiro encontro, em representação da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, participam o presidente, D. António Augusto Azevedo, o diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), Fernando Moita, e a coordenadora do Departamento de Catequese no SNEC, irmã Arminda Faustino.

“Estes encontros tem-nos permitindo um conhecimento aprofundado das diferentes realidades no âmbito da evangelização e da catequese”, nota a irmã Arminda Faustino. Já D. António Augusto Azevedo, que participa pela primeira vez na iniciativa, realça a “expetativa elevada e confiança” num momento em que o sul da Europa, tradicionalmente católico, enfrenta grandes desafios.

“Antes de mais, esta iniciativa, que este ano se alarga a Malta, é um sinal de sinodalidade das igrejas locais. Cada vez mais, e não menosprezando a identidade de cada um, de cada igreja diocesana, é fundamental conhecer o que cada um vai fazendo e delinear pontos comuns na diversidade”, sublinha.

O também bispo de Vila Real assinala, ainda, que “o Sul da Europa tem diante de si de um novo impulso evangelizador” que não pode permanecer acomodado na ideia “de que somos culturas de matriz cristã.”

“É indispensável um novo impulso uma redescoberta da fé”

“Não podemos desmentir a nossa matriz, porque ela existe mesmo, mas no presente, no atual contexto cultural e social é indispensável um novo impulso uma redescoberta da fé, uma transmissão nova do Evangelho e da vida cristã”, aponta.

Por sua vez, o diretor do SNEC, Fernando Moita, destaca que se tem vindo a “intensificar um trabalho conjunto”, a partir da publicação “do Diretório para a Catequese”, e do desejo de “dar respostas atuais para a realidade de hoje”.

“Não pensamos apenas na realidade das crianças e dos jovens, mas, hoje, alargamos a reflexão acerca da necessidade de ter uma proposta formal e organizada para a chamada catequese de adultos, como proposta da conferência episcopal”, explica.

Numa altura em que alguns países do mundo já fizeram instituições formais de catequistas, o diretor do SNEC considera que este é “um tema emergente”, acrescentando que no recente Encontro Nacional de Catequese foi possível refletir “sobre este dom, esta possibilidade que o Papa Francisco ofereceu à Igreja Universal. Queremos aprofundar e conhecer as experiências de outras latitudes”.

O programa inicia-se esta terça-feira, com uma reunião na sede da Conferência Episcopal Italiana, em Roma. Da parte da tarde os trabalhos continuam e os responsáveis visitam os museus Vaticanos.

Na quarta-feira, os responsáveis da catequese de Espanha, Itália e Portugal vão encontrar-se virtualmente com a secção da catequese do Conselho Europeu das Conferencias Episcopais da Europa (CCEE).

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