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​Novo órgão da Sé da Guarda terá seis toneladas e 2.500 tubos. Diocese faz apelo aos mecenas

05 dez, 2023 - 08:15 • Liliana Carona

Campanha "Tubo a Tubo" ainda muito aquém do valor necessário. Sé da Guarda voltará a ter um órgão de tubos, depois de o original ter sido destruído nas invasões francesas.

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​Campanha “Tubo a Tubo” ainda muito aquém do valor necessário

Iniciada no começo deste ano, a campanha “Tubo a Tubo”, Diocese da Guarda, ainda está longe de atingir o valor necessário: 300 mil euros. A construção do órgão da Sé da Catedral da Guarda representa um investimento total na ordem dos 800 mil euros.

Apesar de já contar com financiamento aprovado pela União Europeia de cerca de 500 mil euros, são ainda necessários 300 mil euros para a sua construção e instalação. Tal empreitada só é possível com a colaboração e generosidade de toda a comunidade.

Em janeiro deste ano, foi lançada a campanha “Tubo a Tubo”, que apresenta uma página na internet com todas as informações para um donativo, seja pessoal, empresarial ou institucional.

O padre José Farinha, de 49 anos, membro da Comissão do Órgão de Tubos da Sé, explica que a campanha promovida pela Diocese da Guarda surgiu “no sentido de dar a conhecer o projeto do novo órgão de tubos da Sé da Guarda e também para angariação de fundos para que a Diocese da Guarda possa satisfazer a sua parte económica no projeto.

O sacerdote explica que, “como a diocese tem escassez de bens económicos, lançou esta campanha no sentido de apelar a entidades e particulares para partilharem dinheiro de forma a que possamos finalizar”.

Órgão destruído nas invasões francesas e está a ser construído por um francês

O novo órgão está a ser construído pelo francês Frédéric Desmottes, nas oficinas da sua Organaria em Landete, Espanha. O órgão de tubos terá 41 registos (sonoridades), distribuídos em quatro departamentos sonoros: positivo de costas (10 registos), grande órgão (12 registos), órgão expressivo (12 registos) e pedal (7 registos), e um total de 2.500 tubos.

A riqueza tímbrica do instrumento com oito metros de altura por quase cinco metros de largura, e um peso de cerca de seis toneladas, vai permitir interpretar um amplo repertório musical.

“Às vezes a história tem as suas ironias”, afirma o padre José Farinha. É que a a Sé Catedral já teve em tempos um grande órgão monumental construído no século XVIII, vandalizado nas Invasões Francesas e mais tarde desmantelado”, recorda.

O sacerdote salienta que “faz falta um instrumento digno, capaz de acompanhar a liturgia da catedral e ao mesmo tempo ser um instrumento de divulgação musical no Interior”.

Aliás, explica o membro da Comissão, que é antiga a ideia de construir um órgão da Sé. “Há várias décadas que vem sendo desejado, há mais de 25 anos, o desejo de repor na Sé um instrumento musical para acompanhamento da música litúrgica, e também como instrumento musical do desenvolvimento do Interior e que faz falta no Interior, sendo a Guarda a sede do distrito e da diocese, não tem aqui nenhum equipamento desta natureza na cidade”, lamenta o responsável, admitindo as dificuldades em chegar ao valor necessário.

Projeto em banho maria nos últimos meses

“Estamos muito aquém daquilo que temos de contribuir. Muitas pessoas já corresponderam, no passado mês de maio, a Diocese promoveu um peditório nas paróquias, mas continuamos abertos para contribuições”, diz o padre José Farinha, em jeito de apelo, partilhando outras dificuldades.

“Já visitei duas vezes a Organaria, na última vez em junho, o instrumento estava a 70% da sua totalidade. Só que ultimamente houve uns problemas de ordem político-jurídico na CCDR de Coimbra, dona de obra, desse projeto, que deixou o projeto em banho maria, nestes últimos cinco meses. Há necessidade de clarificar como as coisas se vão processar. O investimento total são cerca de 800 mil euros, mais o investimento para a construção do varandim, suporte na catedral, para ser montado, por cima da porta principal da Sé, e que ainda está atrasado, e sem plataforma não se pode instalar o instrumento”, alerta o padre José Farinha, sacerdote há 24 anos e também responsável por cinco paróquias: Ferro, Peraboa, Caria, Enguias e Bendada.

Dois mil e quintos tubos vai ter o novo órgão, “e pegando no adágio popular, grão a grão enche a galinha o papo”, José Farinha desafia as “pessoas para que sintam que é o seu órgão, o seu instrumento”.

Como pode fazer o seu donativo

Quem estiver interessado em ajudar a Diocese da Guarda a instalar o novo órgão, pode fazê-lo através de MBway ou transferência bancária.

Mbway: (+351) 967 080 702

IBAN: PT50 0036 0191 99100050449 47 (Montepio) Diocese da Guarda – órgão

Mais informações: novoorgaoseguarda@gmail.com

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