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D. Manuel Linda responde a carta aberta: “Se conhecem as vítimas, em consciência devem indicá-las ao bispo”

31 mar, 2023 - 12:12 • Henrique Cunha

Bispo do Porto reafirma que “esta é a hora do efetivo apoio personalizado às vítimas, logo que sejam conhecidas. É também a hora da justiça que passa pela investigação e pelo direito penal”.

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O bispo da Diocese do Porto, D. Manuel Linda, respondeu esta sexta-feira à carta aberta subscrita por mais de 400 católicos da diocese que pedia mais ação e clareza nas decisões sobre os abusos sexuais.

Na resposta publicada no site da diocese, o bispo do Porto reafirma que “a lista apresentada pela Comissão Independente apenas traz o nome do eventual abusador e não o da vítima” pelo que D. Manuel Linda pede aos subscritores da carta que “se conhecem as vítimas, em consciência devem indicá-las”.

Na nota, o bispo agradece “a boa vontade de contribuírem, com participação ativa e sinodal, para o necessário apoio às vítimas e para a construção de uma cultura do respeito e da confiança, algo que já faz parte da vida e sensibilidade dos agentes pastorais, mas que pode e deve ser implementado com maior empenho por parte de todos”.

D. Manuel Linda garante que “as preocupações apresentadas na Carta também são as mesmas do Bispo do Porto: prioridade às vítimas, acompanhá-las e erradicar este dramático fenómeno da vida da Igreja, a par da certeza de que nenhum abusador tem ou terá lugar no seio do clero”.

Porém, o prelado lembra que a lista da Comissão Independente “apenas traz o nome do eventual abusador (…) daí a investigação a que procedeu e continua a realizar”.

Depois, D. Manuel Linda esclarece que remeteu ao Ministério Publico e ao Vaticano a lista com os sete nomes de sacerdotes ainda vivos que lhe tinha sido enviada pela comissão independente.

O bispo diz que “esta é a hora do efetivo apoio personalizado às vítimas, logo que sejam conhecidas. É também a hora da justiça que passa pela investigação e pelo direito penal”. “Mas, para que se trate efetivamente de justiça, é necessário que se cumpram as normas do direito e se evitem critérios subjetivos, por mais bem-intencionados que sejam”, conclui.

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