Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Mais de 5,3 milhões de pessoas assistidas pelas Cáritas desde início da guerra

23 fev, 2023 - 11:33 • Olímpia Mairos

Organismo da Igreja pede mais solidariedade à comunidade internacional. Ainda é necessário apoio contínuo para as pessoas deslocadas na Ucrânia e nos países vizinhos que tentam reconstruir as suas vidas após a destruição das suas casas e cidades.

A+ / A-

A Confederação Cáritas na Ucrânia e em todos os países vizinhos - Polónia, Roménia, Moldávia, República Checa, Eslováquia, Bulgária e Hungria - já forneceu ajuda humanitária a mais de 5,3 milhões de pessoas afetadas pela violência na região da Europa Oriental.

“O número de serviços prestados no último ano é verdadeiramente impressionante. No entanto, o que a Cáritas oferece é muito mais do que assistência. Acompanhamos as pessoas antes, durante e depois de uma crise. Queremos continuar este trabalho. Queremos dar essa sensação de esperança e calor às pessoas que sofrem na Ucrânia”, afirmou o co-administrador temporário da Cáritas Internationalis Amparo Alonso Escobar, em conferência de imprensa realizada em Roma.

Segundo os dados divulgados, só na Ucrânia, as duas Cáritas locais - Caritas Ucrânia e Caritas-Spes Ucrânia - ofereceram assistência humanitária a um total de 3 milhões de pessoas, forneceram cerca de 3,7 milhões de géneros alimentícios e não alimentícios e 637.000 abrigos, prestaram 192.000 atendimentos de saúde e psicossociais, garantiram 377.000 serviços de proteção, distribuíram mais de 1,5 milhão de itens sanitários e higiénicos e garantiram assistência financeira a 107.600 pessoas.

“Todos os dias, cada voluntário e funcionário da Caritas-Spes oferece a sua própria e crucial contribuição para salvar as pessoas, e não estamos sozinhos nisto. A guerra é sempre uma tragédia. Mas, ao mesmo tempo, percebemos que não estamos sozinhos”, disse o secretário-geral da Caritas-Spes Ucrânia, padre Vyacheslav Grynevych, destacando que “caminham connosco nesta Via Crucis que dura 365 dias, e sabemos que vocês não nos deixarão sozinhos no futuro”.

O sacerdote convidou todos à participação na oração da Via Sacra, na sexta-feira, 24 de fevereiro, organizada pela Caritas-Spes Ucrânia 'A 366ª Estação', às 18h00 (hora de Lisboa), que será transmitida online no canal do Youtube da Caritas Internationalis.

Um ano após a eclosão da guerra na Ucrânia, a confederação Cáritas pede mais solidariedade à comunidade internacional, alertando que ainda é “necessário apoio contínuo para as pessoas deslocadas na Ucrânia e nos países vizinhos que estão a tentar reconstruir as suas vidas após a destruição das suas casas e cidades”.

Cáritas portuguesa continua a ajudar

Em comunicado, a Cáritas Portuguesa indica que mantém o seu empenho de colaboração através da Caritas Internationalis no apoio à Cáritas na Ucrânia, nos países vizinhos e também no apoio às famílias deslocadas em Portugal, dando nota que “até ao momento foi possível responder com um total de 400 mil euros para o apoio nestas três vertentes assumidas desde o início do conflito, mas o trabalho não terminou”.

“Continuamos empenhados no apoio à Ucrânia nesta fase em que o apoio humanitário continua a ser uma emergência, mas estamos também conscientes de que muito do trabalho da rede Cáritas será necessário na fase de reconstrução e não perdemos isso de vista na nossa forma de olhar para o papel da Cáritas Portuguesa nesta intervenção”, afirma Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, citada no documento.

A instituição da Igreja portuguesa "continua a receber donativos de todos os que queriam fazer parte desta resposta de emergência e de futuro para garantir a todos os que são vítimas deste conflito um horizonte que é feito de Esperança, mas acima de tudo que é feito de Dignidade Humana".

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+