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Padre morto a tiro em emboscada na Nigéria

13 jun, 2023 - 11:51 • Olímpia Mairos

Arcebispo de Benin pede que “os autores do crime sejam levados à justiça”, e pede orações de todos pelo sacerdote que tinha sido ordenado há menos de um ano.

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O padre Charles Onomhoale Igechi foi assassinado a tiro numa emboscada, numa estrada em Ikpoba Pkha, no estado de Edo, na Nigéria, na manhã da passada quarta-feira, dia 7 de junho, informou a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Numa mensagem enviada para a Fundação AIS Internacional, o arcebispo de Benin, D. Augustine Akubeze, fala em “grande consternação” pela morte violenta do jovem padre.

De acordo com o prelado, o sacerdote “foi baleado e morto, enquanto regressava ao seu local de trabalho”, acrescentando que os responsáveis de segurança já estão a “trabalhar no caso”.

Na mensagem, o arcebispo pede que “os autores do crime sejam levados à justiça” e solicita também “as orações” de todos pelo padre que tinha sido ordenado há menos de um ano, no dia 13 de agosto de 2022.

Entre outras missões que desempenhava, o padre Charles Onomhoale Igechi era vice-diretor do colégio de São Miguel, em Ikhuniro.

A fundação pontifícia dá conta de um outro sacerdote raptado no dia 11 de junho - o padre Jeremiah Yakubu - e, entretanto, libertado. O sacerdote terá sido levado por homens armados, quando se encontrava na reitoria da paróquia da Santíssima Trindade, em Kardu, diocese de Kafanchan, no estado de Kaduna, e foi libertado na passada segunda-feira.

Segundo a AIS, na Nigéria, os cristãos são perseguidos não só pelos grupos jihadistas, com particular destaque para o Boko Haram que “procura implantar no norte do país um califado”.

Além dos frequentes raptos, que incidem também bastante em pessoas do clero, a AIS diz que “nos últimos anos tem crescido o número de ataques a agricultores cristãos pelos Fulani, pastores nómadas muçulmanos que têm vindo a revelar uma agressividade muito preocupante”.

É neste contexto de insegurança que a Fundação AIS tem vindo a reforçar os seus projetos no país, com iniciativas ligadas ao apoio às comunidades e a dioceses que lidam diretamente com as vítimas desta violência de carácter religioso.

“Só na Diocese de Makurdi, por exemplo, há sete campos para deslocados internos, ou seja, pessoas que tiveram de abandonar as suas casas e que, agora, dependem totalmente da ajuda da Igreja para sobreviverem no dia-a-dia”, indica.

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