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Bispo de Vila Real apela à “partilha sem exibicionismos”

19 dez, 2022 - 09:04 • Olímpia Mairos

Aos jovens, D. António Augusto Azevedo, pede que se “preparem ativamente para receber aqueles que virão de outros países e se disponham a ir ao encontro dos outros jovens para todos caminharem com alegria para a Jornada Mundial da Juventude”.

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Na sua mensagem natalícia, intitulada “Acolher o divino, acreditar no Humano”, o bispo da Diocese de Vila Real alude ao “contexto que vivemos de acrescidas dificuldades para algumas pessoas e famílias” e exorta à valorização dos gestos de partilha.

Uma partilha sem exibicionismos, mas como expressão de uma consciência fraterna que nos leva a ser solidários para com os irmãos mais carenciados. Uma partilha acompanhada pelo evitar de excessos que seriam socialmente injustos e até nocivos em termos ambientais”, esclarece D. António Augusto Azevedo.

O responsável pela Diocese de Vila Real apela também “aos mais jovens para que, neste Natal, acolhendo a Cristo, como Maria, se preparem ativamente para receber aqueles que virão de outros países e se disponham a ir ao encontro dos outros jovens para todos caminharem com alegria para a Jornada Mundial da Juventude”.

“Às pessoas que estão em situação de maior sofrimento ou desânimo desafio a que abram o coração à esperança que o Menino Jesus nos traz do céu e não se deixem vencer pelo medo ou preocupação mas acreditem um pouco mais em si e nos humanos”, acrescenta.

D. António Augusto Azevedo lembra a todos que “a celebração do Natal é uma renovada oportunidade para acolher o dom maior que é o próprio Jesus Cristo”, destacando que “aos cristãos e a toda a humanidade, Deus desafia a receber o Seu Filho na realidade concreta da vida”.

“Hoje cada um é convidado a fazer parte da história do Natal. Como naquele tempo, também agora a atitude fundamental para viver mais plenamente o mistério do Natal é a disponibilidade para acolher o Filho de Deus”, observa.

Acolhimento a Jesus e aos outros

Para o bispo de Vila Real “o acolhimento do Verbo que se fez carne é condição indispensável para que a presença de Cristo seja mais real e efetiva nas nossas vidas pessoais, no espaço familiar, bem como na vida das comunidades cristãs e nos mais diversos grupos e instituições da sociedade”.

“Ele é o grande dom que Deus nos concede para superar tantos sinais de trevas e de morte e abrir-nos caminhos novos de paz, alegria e fraternidade”, sintetiza.

E, neste contexto, alerta que “o desejo de acolher o divino não pode desligar-se da vontade de acolher o humano, sobretudo na sua fragilidade”.

“Celebrar o Natal em espírito cristão inclui o esforço de nos acolhermos uns aos outros, começando pelos que vivem connosco. Não podemos, contudo, ficar limitados a este círculo mais restrito porque é imperioso dar uma redobrada atenção ao acolhimento dos que chegam de fora”, alerta.

Segundo o bispo de Vila Real, “há ainda muito a fazer para acolher dignamente os migrantes e refugiados, sem perder de vista também aqueles que, entre nós, são mais vulneráveis, particularmente os idosos, os sem-abrigo, os que vivem sós e os que padecem de doenças mentais”.

Aos homens e mulheres que ousam acolher a novidade divina e humana, o responsável diocesano lembra que “Deus acredita na humanidade” e que “não desiste de a amar e salvar, abrindo assim caminhos de esperança e de vida que pareciam fechados”.

“Neste sentido, o Natal lembra-nos que acolher Jesus e viver segundo o seu espírito nos enche de esperança e nos desperta para gestos novos”, acrescenta.

Por fim, D. António Augusto Azevedo deseja “a todos os diocesanos de Vila Real, às famílias e comunidades, àqueles que estão a viver longe da sua terra, um Santo e Feliz Natal”, convidando a fazerem “uma oração em família na Ceia da Consoada, rezando especialmente pela paz”.

“Que Deus conceda a todos um bom Ano Novo, cheio de bênçãos do céu”, conclui.

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