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D. Manuel Quintas

Bispo do Algarve diz que os valores do Natal contrastam "com aprovação parlamentar da eutanásia"

17 dez, 2022 - 18:24 • Agência Ecclesia

D. Manuel Quintas criticou ainda a guerra na Ucrânia "implacável na sua ação destruidora de bens e de vidas humanas inocentes".

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O Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, escreveu na sua mensagem de Natal deste ano, que os valores da quadra natalícia contrastam com as guerras e a aprovação parlamentar da eutanásia.

“Contrastam com o espírito e os valores do Natal todas as guerras que persistem em diversos países, nomeadamente a guerra na Ucrânia, implacável na sua ação destruidora de bens e de vidas humanas inocentes, cujas consequências chegam até nós, com a subida dos preços dos bens de primeira necessidade, provocando o aumento da pobreza”, lê-se no documento enviado à Agência Ecclesia.

A mensagem refere também que a “fraternidade cristã não se fundamenta, sem mais, numa igualdade de direitos, mas num dom do Alto, dom de Deus que é nos dado e nos capacita para nos acolhermos uns aos outros e juntos construirmos um mundo mais justo para todos”.

O Bispo do Algarve aponta também que contrasta, igualmente, com o espírito e os valores natalícios “a recente aprovação parlamentar da eutanásia e do suicídio assistido, ainda sujeita aos trâmites legais para a sua aprovação definitiva”.

“Estranhamos como os que legislam e nos governam não colocam o mesmo empenho e a mesma determinação, em dotar o nosso sistema de saúde de cuidados paliativos acessíveis a todos, tão fundamentais para combater e aliviar o sofrimento”, lê-se na mensagem de Natal.

“Infelizmente constituem verdadeira “miragem” entre nós, levando-nos a considerar o recurso à eutanásia e ao suicídio assistido, como uma solução mais rápida e menos onerosa”, acrescenta.

Acompanhar e confortar os que sofrem e os que deles cuidam, “ajuda a restabelecer a esperança e é sinal de dignificação da vida humana até ao seu termo natural”.

O acolhimento, a defesa e a promoção da vida situa-se “para além da ordem legislativa e jurídica”, escreveu D. Manuel Quintas.

Acolher, promover, defender, festejar a vida como o “dom por excelência de Deus é a grande lição que reaprendemos” em cada Natal e em cada nascimento “de um novo ser humano”.

Comentários
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  • João Lopes
    17 dez, 2022 Porto 19:29
    “Eutanasiar” é “matar deliberadamente seres humanos”! É algo extremamente “perverso e gerador de insegurança atribuir a serviços de saúde a função de eliminar a vida, mesmo numa situação extrema”, é “uma apologia do suicídio em geral” e “inibe a verdadeira solidariedade e fraternidade”. Quando não se respeita a vida humana em todas as circunstâncias já não há segurança para ninguém.

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