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Plataforma de Apoio aos Refugiados teme nova crise migratória com origem na Ucrânia

27 nov, 2022 - 11:00 • Henrique Cunha

A União Europeia "reforçar as suas respostas", defende o coordenador da PAR.

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A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) considera "provável" que se verifique uma nova crise migratória com origem na Ucrânia.

Em entrevista à Renascença, o coordenador da PAR André Costa Jorge, diz que para além da fuga da guerra, "muitas pessoas vão ter de sair" por causa do rigor do Inverno e da "falta de condições pela falta de energia".

“Penso que muitas pessoas terão que sair forçadamente por não terem condições de vida. Porque o Inverno vai ser extremamente rigoroso e porque, não havendo energia, não havendo alimentos, não havendo trabalho, as pessoas têm de procurar alternativas fora”, adianta.

Neste contexto, o coordenador da PAR e responsável pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) defende a necessidade de a União Europeia "reforçar as suas respostas".

Costa Jorge pergunta, quer aos responsáveis da União Europeia quer aos dos estados-membros, nomeadamente ao Estado Português, "como é que estão a ser criadas as condições de acolhimento de emergência e respostas de médio e longo prazo”.

"A União Europeia deve continuar a apoiar os estados-membros através de financiamento de programas de acolhimento e de programas de recolocação dentro do espaço Europeu, e ajudar os Estados-membros a consolidarem as respostas que foram criadas desde fevereiro”, defende. No caso de Portugal, “devem ser criadas as condições para o acolhimento de emergência”.

MSF: milhões de civis em perigo por causa de ataques a estruturas de energia

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denuncia há "milhões de civis em perigo na Ucrânia com os apagões causados por ataques às infraestruturas de energia".

A organização internacional considera "inaceitáveis os ataques feitos contra infraestruturas de energia na Ucrânia" e alerta para os riscos resultantes para milhões de civis".

A MSF afirma que "à medida que o inverno se aproxima e as temperaturas caem, isso afetará as pessoas em áreas próximas e mais distantes da linha de frente, que vivem em condições muito difíceis nos últimos oito meses".

"Milhares de pessoas que já vivem em casas danificadas pela guerra, enfrentam agora temperaturas que podem chegar a -20 graus. Os cortes de energia e interrupções de água também afetarão o acesso das pessoas aos cuidados de saúde, pois os hospitais e centros de saúde terão dificuldades para operar”, reforça a organização.

JRS lança campanha de angariação de fundos

Entretanto, o Serviço Jesuíta aos Refugiados lança na próxima semana uma campanha para angariação de fundos para a requalificação de espaços comuns no Centro Pedro Arrupe, que tem por missão acolher migrantes em situação de carência económica e social.

“É para podermos ter um espaço que permita darmos formação às pessoas, darmos mais apoio e melhor capacitação e para que as pessoas possam ser melhor acolhidas e possam sair do centro e criarem as condições de autonomia na sociedade de acolhimento”, sublinha André Costa Jorge.

O responsável deixa o apelo à ajuda que pode “ser feito no site do Serviço Jesuíta aos Refugiados”.

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  • A Ucrânia
    27 nov, 2022 Tem azar em tudo 12:03
    Querem saber qual é o problema aqui? Simples: não temos no Ocidente, líderes do calibre de Winston Churchill, por exemplo. É que se os tivéssemos, pese embora as costumeiras ameaças nucleares da Rússia que sabemos não passam de bravata inútil, há muito que se teria avançado para uma interdição do espaço aéreo sobre a Ucrânia, vigiado pela aviação e sistemas anti-míssil da NATO que atirassem qualquer drone, avião, míssil ou helicóptero russo para o charco, viesse ele da Bielorrússia, do Mar Negro, ou da própria Rússia. Esta destruição sistemática das centrais elétricas e dos ataques a centrais nucleares Ucranianas seriam evitados. Mas qual... Em primeiro lugar e antes que falem que isso era a guerra com a Rússia, digo, em guerra já estamos nós só que são os Ucranianos que estão a combater, mas não tenham dúvidas que os próximos seremos nós, principalmente se Putin sair disto a ganhar alguma coisa e convencer-se que pode repetir a façanha. Em segundo, há muita gente representada por lobbys poderosos que está a ganhar rios de dinheiro com a situação e portanto não se importa que as coisas continuem assim. Depois há essa treta de a Rússia por ser membro permanente, vetar todas as resoluções a condenar a guerra, o que torna a ONU praticamente um dinossauro inútil. E por último, a já citada falta de tub*ros nos dirigentes de cartão que cá andam, e nada têm a ver com Churchills e afins.

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