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Santa Sé e Comité Olímpico pedem “soluções justas e pacíficas para todas as disputas e conflitos”

25 out, 2022 - 11:47 • Olímpia Mairos

O apelo intitulado “Seguindo o caminho da paz” reflete sobre a guerra na Ucrânia, as alterações climáticas e as dificuldades económicas que afetam o mundo e exorta ao compromisso dos líderes mundiais na busca de uma solução para a paz.

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“Pedimos aos líderes mundiais que busquem soluções justas e pacíficas para todas as disputas e conflitos”. Este é o apelo conjunto do Comité Olímpico Internacional, Dicastério para a Cultura e Educação, Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

O apelo intitulado “Seguindo o caminho da paz” reflete sobre a guerra na Ucrânia, as alterações climáticas e as dificuldades económicas que afetam o mundo e exorta ao compromisso dos líderes mundiais na busca de uma solução para a paz.

“Nós os convidamos a promover o diálogo, a compreensão e a fraternidade entre os povos e a defender a dignidade de cada homem, mulher e criança, especialmente os pobres, marginalizados e aqueles que sofrem com a violência da guerra e dos conflitos armados”, lê-se no documento.

Os subscritores lembram que “Deus quer a paz e a unidade da nossa família humana”, dando como exemplo os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que “são um grande símbolo dessa unidade, porque unem indivíduos e povos numa competição saudável e encorajam o nosso mundo a ver a competição atlética como um caminho autêntico para a paz, baseado na disciplina pessoal e no compromisso com o trabalho em equipa, na busca da excelência”.

“Unidos nesta convicção, apelamos aos líderes mundiais para que sigam este caminho, para o bem de cada nação e de cada povo”, pedem.

Recordam que “o mundo está mais uma vez a enfrentar conflitos, agitação e sérios desafios”.

“Os flagelos da guerra, as mudanças climáticas e as dificuldades económicas trouxeram dor e sofrimento indescritíveis a milhões de pessoas em todo o mundo. Como resultado de uma guerra mundial fragmentada, mais de 100 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, famílias foram separadas e inúmeras mães, pais, filhos e filhas vivem com medo, incapazes de praticar sua fé, perseguir os seus sonhos de uma vida melhor ou, ainda, simplesmente praticar desporto”, elencam.

Os subscritores do apela lembram ainda que “esta tragédia humana ocorre quando o mundo ainda está a recuperar de uma pandemia global que nos lembrou o quão vulneráveis todos os seres humanos podem ser”.

“À luz desta importante experiência de humildade, reafirmamos a nossa determinação de construir o poderoso senso da solidariedade mútua que emergiu da crise da saúde. Estamos convencidos de que somente com esse espírito de solidariedade nos nossos corações podemos enfrentar efetivamente os inúmeros desafios que hoje ameaçam a humanidade e nosso planeta”, destacam.

O texto é assinado por Thomas Bach, presidente do COI, e três cardeais: D. José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério de Cultura e Educação; D. Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida; e D. Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

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