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​Acolher a JMJ é “muito importante” para uma democracia “pluralista e multirreligiosa”

17 out, 2022 - 14:39 • Teresa Paula Costa

“Precisamos, no mundo atual, que muitos jovens se encontrem, digam a sua palavra, façam ouvir a sua voz”, afirma o presidente da Assembleia da República.

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O presidente da Assembleia da República garantiu esta segunda-feira que o país está preparado para a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023).

Na abertura do encontro que durante três dias junta, em Fátima, mais de 300 pessoas de todo o mundo para prepararem o evento, Augusto Santos Silva afirmou que a democracia portuguesa precisa deste tipo de eventos, onde os jovens possam expressar as suas ideias.

“É para nós muito importante acolher no próximo ano a Jornada Mundial da Juventude no espaço público português. Nós precisamos, no mundo atual, que muitos jovens se encontrem, digam a sua palavra, façam ouvir a sua voz, segundo as crenças e os ideais que os motivem. E é por isso muito importante, e também muito natural, para uma democracia pluralista e multirreligiosa como é a democracia portuguesa, acolher a Jornada Mundial da Juventude.”

O prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida também participa no encontro, em Fátima. O cardeal Kevin Farrell pediu que os jovens sejam os protagonistas, e disse não ter dúvidas de que esta será uma das mais importantes jornadas de sempre.

“Este evento da Jornada Mundial dos Jovens é muito importante, talvez um dos mais importantes dos últimos 30 anos, porque é renascer outra vez, depois de um largo período desde a última jornada, no Panamá [2019]”, declarou o cardeal Kevin Farrell.

Tempo de “descompressão juvenil”

Para o cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, a JMJ vai ser um momento de “descompressão juvenil”, e uma ocasião para encontrar uma Igreja renovada.

“A Jornada vai ser para todos um momento alto, para todos os que aqui estamos e para todos aqueles que de uma maneira ou outra representamos, vindos de todo o mundo. Vai ser um momento de descompressão juvenil, depois de uma pandemia que isolou tantos adolescentes e jovens, numa altura da sua vida em que mais precisavam de conviver”, afirmou o patriarca.

Para D. Manuel Clemente, a JMJ 2023 “vai ser uma ocasião única para que isso mesmo aconteça, e que nos encontremos mais à frente como uma Igreja renovada, numa juventude desconfinada e em sociedades assim estimuladas para aqueles horizontes que não podemos deixar de ter, de mais justiça e de mais paz”.

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