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"Fico feliz quando me contestam em Portugal", diz Merkel

21 set, 2013 - 11:34 • José Pedro Frazão, enviado da Renascença a Berlim

Chanceler fechou campanha eleitoral com discurso europeísta, referindo-se de passagem a Portugal. Principais partidos apostam em acções finais de apelo ao voto na véspera da ida às urnas.

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Angela Merkel está este sábado em Berlim e defendeu, no seu último comício antes das eleições, que "solidariedade não garante força", afirmando que os países em crise vão ter que ultrapassar as suas "fraquezas" para que a Europa tenha sucesso. A chanceler referiu-se de passagem a Portugal.

"Fico feliz quando me contestam em Portugal ou na Grécia", disse. "Fico feliz porque é um acto de liberdade de expressão na Europa, e isso é também um legado nosso", disse, no fecho da campanha na capital alemã, num auditório de cerca de 1.500 pessoas, repleto de apoiantes com idades sobretudo acima dos 40 anos.

No seu discurso mais europeu de campanha, Merkel foi clara nalguns pontos  - a solidariedade europeia é essencial, mas tem de vir acompanhada da responsabilidade. "Precisamos de amigos", disse Merkel, uma referência ao peso da Zona Euro na balança de importações e exportações da Alemanha. Merkel defendeu o euro em toda a linha como algo fundamental para a economia alemã.

Mais logo, vai ao seu círculo eleitoral, para um fecho mais pessoal de uma eleição que deve dar à chanceler um novo mandato.

Na última noite, Merkel reclamou bons resultados na economia, e até recordou os tempos em que, ao subir ao poder, encontrou cinco milhões de desempregados. Na altura, há oito anos, Merkel ensaiou também a chamada "grande coligação" com os social-democratas. Hoje o desemprego está abaixo de três milhões, abaixo dos 7%.

O partido de Merkel só não consegue antecipar com quem se vai coligar. Uma das possibilidades é uma espécie de governo de bloco central com os social-democratas. Peer Steinbruck, candidato a chanceler pelo SPD, fecha a campanha esta manhã em Frankfurt.

Curiosidade das curiosidades: na altura, há oito anos, o ministro das Finanças de Merkel era o actual candidato a chanceler Peer Steinbruck. O social-democrata acusa Merkel de não ter uma estratégia, de andar em círculos.

Para além de defender aumento de impostos para os mais ricos, o SPD está na linha dos que defendem o estabelecimento de um salário mínimo por lei, um dos temas da campanha que termina este sábado na Alemanha.

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