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Reportagem

​“Uau! Tão lindo". Estudantes de Aguiar da Beira comovidos com os símbolos da JMJ 2023

22 abr, 2022 - 08:29 • Liliana Carona

Ao longo do mês de abril, os símbolos da JMJ estão a percorrer os seis arciprestados da diocese Viseu e as escolas são paragem obrigatória. A Renascença acompanhou a chegada dos símbolos ao Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira.

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A carrinha, nos tons das cores da bandeira portuguesa, atrai a atenção de um grupo de crianças que aproveita o recreio para retirar o pão com creme de chocolate da mochila. “O que é aquilo, o que está ali dentro?”

Mickael Ferreira, 11 anos, chega-se à frente, quando vê abrir a carrinha que transporta os símbolos da JMJ 2023. A curiosidade é explicada pelo padre André Silva, 30 anos, assistente espiritual do COD - Comité da Organização Diocesana de Viseu.

“Começamos pelo nome: JMJ - Jornada Mundial da Juventude, é um encontro mundial com todos os países, em que os jovens se encontram e partilham experiências, orações, sentimentos. Os símbolos são a cruz, que está nesta caixa grande e na caixa mais pequena, o ícone da Nossa Senhora”, aponta.

Todos querem ajudar a retirar da carrinha, a cruz peregrina da JMJ, mas o encantamento é maior quando veem a imagem da Nossa Senhora. “Uau, tão bonito, é incrível”, comentam uns com os outros, à chegada dos símbolos ao Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira. “É em Lisboa, o encontro? Ai, credo, tão longe”, ouve-se de fundo, enquanto carregam a cruz para o interior da escola.

Aos sábados há encontro de preparação em Penalva do Castelo

Desde 3 de abril que os símbolos da JMJ vão passando pelos agrupamentos escolares. “É muito importante este contacto com as escolas, conseguimos que os símbolos toquem as crianças e os jovens e todos são livres de participar, com o auxílio dos professores de religião e moral”, defende o sacerdote, garantindo que não vai faltar apoio aos que manifestem vontade em participar.

“Ainda não estão abertas as inscrições, mas quando abrirem, os párocos e os representantes juvenis vão auxiliar na participação, já há grupos formados para fazer esta preparação. Para que percebam que não estão sozinhos, e que há outros colegas a quererem ir.

Em Penalva do Castelo, todos os sábados, vão ter um encontro de preparação”, exemplifica.

“É um momento muito especial”, assume o assistente espiritual do COD - Comité da Organização Diocesana de Viseu.

“De manhã estivemos no Agrupamento de Escolas do Sátão e agora no de Aguiar da Beira, e depois temos a Eucaristia com D. António Luciano e à noite um concerto oração com um grupo de missionários, até dia 30 vamos acompanhando os símbolos na diocese. A 3 de abril foi a receção na Sé, com a presença de D. Américo Aguiar. Amanhã vamos à prisão, num momento muito intenso, de libertação, sentirem que podem contar connosco. No dia 25 de abril, em Mangualde, na praia, um concerto com a banda responsável pelo hino da JMJ. E no dia 30, faremos a oração pela paz, com o envio dos símbolos para a diocese da Madeira”, revela o padre André Silva, sobre a passagem dos símbolos no arciprestado urbano, rural, de Besteiros, no do Dão, Beira Alta, e no de Lafões.

Muitos nunca ouviram “falar da JMJ e tem de haver essa pedagogia”

Ninguém vai ficar para trás e alistam-se para garantir que de Aguiar da Beira vai ser um saltinho até Lisboa. Gritam o nome e a idade, depois de esclarecidos sobre a Jornada Mundial da Juventude e uma pergunta torna-se inevitável. “Vocês querem vir à JMJ? É de 1 a 6 de agosto do próximo ano”, informa o padre André Silva, sacerdote há cinco anos. “Está a ser muito importante para mim. Participei na JMJ em Cracóvia em 2016. E agora que temos a hipótese de ser em Lisboa, mexe muito comigo”, assume.

Dedicado a tempo inteiro à passagem dos símbolos pela diocese está o informático e diretor da Pastoral Juvenil da Diocese de Viseu, Fernando Chapeiro, 47 anos. Este ano marcou as férias de verão para abril, de forma a poder acompanhar o percurso dos símbolos. “Está a ser fantástico, tem sido um dinamismo fantástico, um tempo de graça. O respeito para com os símbolos, a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora, temos de ter esse cuidado e veneração. Eles representam os valores católicos e cristãos”, declara, referindo a importância da passagem pelas escolas.

“Muita gente não conhece nem nunca ouviu falar da JMJ e tem de haver essa pedagogia e educação. Os jovens a princípio, olham para um madeiro, mas depois percebem a reverência. O cuidado com que o tiram da caixa não é o mesmo ao colocá-lo novamente na caixa. Tem sido uma graça imensa”, conclui o responsável da Pastoral Juvenil da Diocese de Viseu.

A carrinha identificada vai continuar a circular até ao final do mês, pela diocese de Viseu, sempre devagar. “Se virmos esta carrinha a 200/km por hora é muito chato. Quanto mais devagar, mais as pessoas vêm à janela para ver”, conclui Fernando Chapeiro.

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