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Obra Católica de Migrações alerta para discriminação no acolhimento de refugiados

15 abr, 2022 - 13:22 • Henrique Cunha

Tema esteve em discussão na reunião que a Obra Católica das Migrações manteve com o Alto Comissariado para as Migrações.

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O alerta é feito na Renascença pela Obra Católica Portuguesa de Migrações. A presidente fala em discriminação no acolhimento de refugiados e diz que estes casos devem ser analisados pela União Europeia.

"Essa situação é verificada nas fronteiras, onde pessoas de tez mais escura foram ficando para trás, estando na mesma situação de emergência e com a mesma necessidade de serem evacuadas", descreveu Eugénia Quaresma.

O tema esteve em discussão na reunião que a Obra Católica das Migrações manteve com o Alto Comissariado para as Migrações.

Eugénia Quaresma afirma que o assunto tem de ser analisado na União Europeia, porque em seu entender "não se pode admitir que com os valores que a Europa defende haja esse tipo de discriminação".

Esta responsável lembra que para além da guerra na Ucrânia, "infelizmente, existem outras situações de guerra". Eugénia Quaresma quer "respostas que não excluam ninguém" e pergunta "ao cidadão comum porque é que é tão fácil acolher uma determinada nacionalidade e não acolher outra".

“É importante lembrar que existem outras situações de guerra no mundo, e que há outras pessoas que procuram também chegar ao nosso país e é preciso que haja respostas céleres”, defende.

Mas porque existem às vezes tantas resistências e tão fácil acolher uma determinada nacionalidade e não acolher outra? “O que faz aqui a diferença… se vêm também de contextos de guerra, também testemunhados pela comunicação social?” questiona.

“Isto inquieta-nos e é importante criar respostas que não excluam ninguém e que não discriminem ninguém”, sublinha.

No geral, a Obra Católica das Migrações considera muito positiva a forma como Portugal tem acolhido os refugiados. No entanto, Eugénia Quaresma não deixa de alertar para a ação por impulso que "às vezes provoca algumas imprudências”: “Assistimos a boas vontades espontâneas e não coordenadas que, para melhor proteger precisam de estar articuladas com as entidades oficias, até para proteger das questões do tráfico e das questões da exploração que podem ocorrer e que infelizmente ocorrem nestas situações".

São alguns dos alertas da Obra Católica Portuguesa das Migrações após um encontro na última quarta-feira com o Alto Comissariado para as Migrações.

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