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Caritas de Portalegre-Castelo Branco vai buscar refugiados à Roménia

04 mar, 2022 - 14:02 • Rosário Silva

“Não podemos ficar indiferentes a este drama humanitário e ao sofrimento destas famílias, agora separadas”, destaca a Caritas de Portalegre-Castelo Branco, num apelo dirigido à região onde desenvolve a sua atividade.

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A Caritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco está a recolher donativos para enviar à Roménia um autocarro para transportar refugiados ucranianos, cujas famílias já residem neste território.

A medida surge no âmbito do PIREC - Plano Institucional de Resposta a Emergências e Catástrofes da Diocese de Portalegre – Castelo Branco, depois de ter recolhido o aval do bispo D. Antonino Dias.

Foi estabelecida “uma parceria com várias famílias ucranianas que residem no nosso território” e a Caritas “está a colaborar com o envio de um autocarro que se deslocará à Roménia, onde estão muitos refugiados que pretendem vir para a nossa região, tendo em conta os muitos que já estão connosco”, refere um comunicado da instituição enviado à Renascença.

A parceria, indica a Caritas, “está a ser alargada a toda a nossa diocese, à Câmara Municipal de Portalegre e à Santa Casa da Misericórdia de Portalegre”, no sentido de “alojar provisoriamente estas mulheres e crianças que chegarão quando houver disponibilidade para enviar o autocarro”.

Para concretizar este objetivo, é lançada uma campanha de recolha de donativos, “urgente”, que contribua para pagar o autocarro, além de ser pedido às “pessoas que se voluntariem para colaborar connosco no acolhimento”, lê-se no apelo.

Por outro lado, a instituição convida as famílias que “estejam interessadas em acolher nas suas casas algumas destas famílias”, a inscrever-se na sede da Caritas diocesana, na Rua 15 de Maio, 11, em Portalegre, junto à fábrica Robinson.

Para a recolha de donativos, deve ser utilizado o seguinte IBAN ou Número de Identificação Bancária (NIB): PT50 0007 0232 0020 7350 0017 4

“Não podemos ficar indiferentes a este drama humanitário e ao sofrimento destas famílias, agora separadas, e das muitas crianças, algumas já nascidas durante a fuga e que ficam com o futuro incerto e com os traumas da guerra”, destaca a Caritas de Portalegre-Castelo Branco, neste apelo que vai ao encontro da estratégia nacional.

Recorde-se que Caritas Portuguesa, com o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), lançou uma campanha de recolha de fundos, para apoiar a população da Ucrânia e os refugiados da guerra.

Os donativos monetários vão ser canalizados para as Caritas que se encontram no terreno, oferecendo apoio de emergência em alimentos, medicamentos e abrigo, entre outros.

A verba angariada nesta campanha, através do site www.caritas.pt/donativos-online, termina no dia 30 de março e tem como objetivo “reforçar a capacidade de resposta da Cáritas na Ucrânia, nos países fronteiriços e o eventual acolhimento a famílias deslocadas em Portugal”.

“Todos somos desafiados a agir”

Com o estalar da guerra na Ucrânia já existe mais de um milhão de pessoas em fuga para o ocidente, na expetativa de salvar as suas vidas e dos seus filhos. São mulheres e crianças que estão em trânsito para ultrapassarem as fronteiras do seu País, deixando maridos, filhos e pais que estão impedidos de sair para defenderem a independência da Ucrânia da tirania dos governantes da Rússia.

Segundo Tetiana Stawnychy, presidente da Cáritas Ucrânia, os números das necessidades de emergência já eram dramáticos: “Antes do ataque, já havia 2,9 milhões de pessoas locais em ambos os lados da linha de contato que precisavam de assistência humanitária. Hoje, esse número está a aumentar exponencialmente”.

Para a Caritas é indispensável garantir que todas as pessoas tenham acesso à assistência humanitária, particularmente os mais vulneráveis e que a liberdade de movimento seja garantida para aqueles que procuram fugir do conflito.

Já para a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, “todos nós somos desafiados a agir, e o que está a acontecer na Ucrânia coloca em risco a estabilidade e a paz internacionais”.

“Por isso”, sublinha, “todos somos mobilizados para fazer tudo o que possa estar ao nosso alcance para minimizar o sofrimento destas pessoas e para garantir que haja respeito pelo direito internacional”.

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