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Guerra na Ucrânia

Papa reza pela paz que "os homens não conseguem construir"

02 mar, 2022 - 20:07 • Ecclesia

Francisco esteve ausente da Missa de Cinzas devido a um problema num joelho. Homilia foi lida pelo secretário de Estado do Vaticano.

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O Papa deixou esta quarta-feira um convite à oração pela paz na Ucrânia, no dia em que os católicos assinalam o início da Quaresma, com a celebração das Cinzas.

“A oração, a caridade e o jejum são os meios principais que permitem a Deus intervir na vida nossa e do mundo. São as armas do espírito e é com elas que, nesta jornada de oração e jejum pela Ucrânia, imploramos a Deus aquela paz que os homens sozinhos não conseguem construir”, referiu Francisco, na homilia que preparou para a Missa desta tarde.

A celebração, na Basílica de Santa Sabina, em Roma, foi precedida por uma procissão penitencial e teve a presidência do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin; o Papa não marcou presença na celebração, devido a um problema num joelho, de acordo com uma nota do diretor da sala de imprensa da Santa Sé.

O texto, lido pelo cardeal Parolin, evocou a situação “dos mais humildes, dos mais provados, daqueles que sofrem e fogem sob o estrondo das armas”.

“Colocai de novo a paz nos corações, concedei aos nossos dias a vossa paz”, escreveu o Papa.

Francisco convocou para hoje uma jornada especial de oração e jejum pela paz, tendo como pano de fundo a guerra na Ucrânia.

“O jejum não é uma dieta; antes, liberta-nos da autorreferencialidade da busca obsessiva do bem-estar físico, para nos ajudar a ter em forma, não o corpo, mas o espírito. O jejum leva-nos de novo a dar o justo valor às coisas”, explicou o Papa, na homilia desta tarde.

O texto apelou ao jejum de tudo o que provoca “dependência”.

“Cada qual pense nisto, para fazer um jejum que incida verdadeiramente na sua vida concreta”, apelou.

Oração, caridade e jejum não são remédios só para nós, mas para todos: podem, de facto, mudar a história”.

A Missa, com o rito de bênção e imposição das cinzas, alertou para a “doença da aparência” de quem procura a “admiração” alheia.

“Irmãs, irmãos, não estamos no mundo para correr atrás do vento; o nosso coração tem sede de eternidade. A Quaresma é um tempo que o Senhor nos deu para voltarmos a viver, sermos curados interiormente e caminharmos para a Páscoa, para aquilo que não passa, para a recompensa junto do Pai”, indicou a homilia papal.

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