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Quase 50% dos recém-licenciados na China estão desempregados

05 ago, 2013 - 07:46

Todos os anos saem cerca de sete milhões de jovens das universidades, mas com a economia a crescer a um ritmo mais brando, as empresas não têm lugar para tanta gente.

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Quase metade dos recém-licenciados na China não consegue encontrar trabalho. Os dados constam de um relatório do Ministério chinês dos Recursos Humanos e Segurança Social, citado esta segunda-feira pela imprensa nacional.

O documento "Reforma e Desenvolvimento da Segurança Social da China” estima que os mais de três milhões de estudantes prestes a ter a licenciatura vão ter dificuldades em encontrar um emprego.

Cerca de sete milhões de jovens saem da universidade todos os anos. Mas as empresas dizem que estão cheias de currículos e que têm poucas vagas a oferecer. Tudo, porque a economia chinesa está a estagnar.

A situação está a preocupar o governo, que teme pela estabilidade social. Por isso, ordenou que as escolas, as agências governamentais e as empresas contratassem mais licenciados, mesmo que seja em regime temporário.

Nos últimos dez anos, a China quadruplicou o número de estudantes no ensino superior. Mas a economia do país ainda se baseia na manufactura.

No final do ano passado, um estudo revelou que, na faixa etária de 21 a 25 anos, 16% dos homens e mulheres com diploma universitário estavam desempregados. Por outro lado, 4% das pessoas apenas com a escolaridade obrigatória estavam desempregadas.

Significa isto que as empresas continuam a abrir vagas para a limpeza das fábricas. Os salários dos trabalhadores vindos de áreas rurais para zonas urbanas aumentaram 70% nos últimos quatro anos, enquanto os dos jovens com empregos no sector executivo se mantiveram constantes ou caíram.

Alguns economistas estimam que a economia chinesa precisa de crescer entre 7% e 8% por ano para evitar o desemprego desenfreado.
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