24 set, 2021 - 11:20 • Olímpia Mairos
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Morreu aos 79 anos, o cardeal Urosa Savino, arcebispo emérito de Caracas. Foi diagnosticado com Covid e encontrava-se internado, desde finais de agosto, na unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Caracas.
O Papa Francisco já enviou um telegrama de condolências, expressando os seus sentimentos de tristeza. Francisco recordou o cardeal como “pastor dedicado que, durante anos e com fidelidade, deu a sua vida ao serviço de Deus e da Igreja”.
O Papa conclui o telegrama oferecendo “sufrágios pelo descanso eterno da sua alma, para que o Senhor Jesus lhe conceda a coroa da glória que não perece”.
O bispo nasceu em Caracas, no dia 28 de agosto de 1942, e foi ordenado sacerdote no dia 15 de agosto de 1967.
Completou os seus estudos em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e em 1882 foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Caracas. Oito anos mais tarde passou a Segundo Arcebispo de Valência, na Venezuela. Em 2005, foi transferido por Bento XVI para a Sé Arquiepiscopal de Caracas.
Foi nomeado cardeal em 2006, tendo participado no conclave que elegeu o Papa Francisco. Foi membro do Conselho de Cardeais para o estudo dos problemas organizacionais e económicos da Santa Sé.
De acordo com a Conferência Episcopal Venezuelana, o cardeal D. Urosa Savino viveu sempre ao lado do sofrimento do povo venezuelano, apelando aos líderes políticos para trabalharem juntos para resolver pacificamente a crise.
Nos últimos dias, foi publicada uma mensagem de D. Urosa Savino, em que o prelado expressava o seu amor a Deus, à Igreja e ao povo venezuelano. No texto, o cardeal manifestou o desejo de “receber os sacramentos e pediu a Deus que abençoasse a Igreja na Venezuela, para que permanecesse sempre unida”.
O cardeal será sepultado no “Pantheon Arcebispal”, dentro da Catedral de Santa Ana em Caracas, ao lado de outros 15 arcebispos da cidade. Foram estabelecidos nove dias de luto.