01 fev, 2021 - 17:33 • Olímpia Mairos
O bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, revela, na mensagem que dirige a todos os consagrados presentes na diocese, que “a presença da Vida Consagrada no território, na diocese, está a aumentar”.
“Graças a Deus, com a presença do Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja, as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, com duas ermitas em discernimento para serem ermitas diocesanas”, detalha o prelado.
A Diocese de Bragança-Miranda conta atualmente com seis congregações femininas, duas congregações masculinas, uma comunidade feminina de clausura e uma comunidade monástica feminina.
D. José Cordeiro agradece o dom de “todos os consagrados e consagradas” e pede a Deus a “graça de novas vocações” para a diocese e para a Igreja.
“Somos consagrados à conversão, à mudança do nosso coração, da nossa mente, do nosso espírito, para vivermos por Cristo, com Cristo e em Cristo e sermos testemunhas da fidelidade e da felicidade no mundo”, recorda o bispo transmontano.
Aludindo ao tema da semana da Vida Consagrada, que hoje se conclui, “Consagrados: Fiéis e Felizes?”, D. José Cordeiro afirma que os consagrados são chamados a “ser testemunhos da fidelidade e da felicidade no mundo”.
“A fidelidade é o amor que vence o tempo e a felicidade é fruto da alegria que nos habita de sermos amados e perdoados e de vivermos em Cristo”, explica.
Para o bispo de Bragança-Miranda “é a vocação ao amor que deve resplandecer a fidelidade a felicidade”.
“Os consagrados e as consagradas têm de ser sempre e em toda a parte testemunhas da fidelidade ao Evangelho e da felicidade em Jesus Cristo”, conclui.
A Igreja Católica em Portugal está a celebrar, de 26 de janeiro a 2 de fevereiro, a Semana do Consagrado, propondo esta opção de vida religiosa como alternativa à “cultura do provisório”.
Na mensagem dirigida a todos os consagrados, o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM), D. António Augusto Azevedo, nota que “nestes tempos em que predomina a cultura do provisório que instiga ao experimentalismo, a fidelidade aos compromissos, sobretudo aos que implicam a entrega da totalidade da vida na lógica do Evangelho, é desvalorizada”.
“Talvez isso ajude a perceber melhor a razão pela qual à nossa volta há tanta gente insatisfeita e insegura, pessoas com medo de tomar decisões e outras ainda com as marcas da frustração ou as feridas do fracasso”, escreve D. António Augusto Azevedo.
O bispo de Vila Real considera que é preciso “um renovado compromisso comunitário que favoreça a construção de comunidades cristãs mais evangélicas e, por isso, mais fraternas”.
“Para que a fraternidade não fique numa proclamação bonita ou num ideal utópico e vazio, o mundo precisa do testemunho profético de comunidades religiosas orantes, acolhedoras, alegres, o que só acontece quando elas vivem unidas em autêntica fraternidade”, explica D. António Augusto.