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ONG israelitas insistem que Governo não cumpre obrigações de ajuda a Gaza

03 mai, 2024 - 22:18 • Lusa

Israel não está a respeitar "as suas obrigações como potência ocupante" de fornecer necessidades básicas aos habitantes da Faixa de Gaza, vincaram.

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Cinco organizações não-governamentais (ONG) que levaram Israel ao Supremo Tribunal, para exigir que facilite o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, consideraram esta sexta-feira infundadas as alegações do Governo de que vai além das suas obrigações nesta matéria.

Em abril, esta instância judicial solicitou esclarecimentos ao Governo israelita, antes de uma nova audiência marcada para domingo.

Nas respostas fornecidas ao tribunal esta semana, Israel afirma que as medidas tomadas até agora para facilitar a entrega de ajuda humanitária vão além das suas obrigações.

"É inconcebível que os defensores, que admitem não ter a menor ideia da extensão da ajuda necessária aos habitantes da Faixa de Gaza, afirmem que cumpriram a sua obrigação, e ainda mais", sublinharam as cinco associações, em resposta à posição do Governo.

Israel não está a respeitar "as suas obrigações como potência ocupante" de fornecer necessidades básicas aos habitantes da Faixa de Gaza, vincaram, citadas pela agência France-Presse (AFP).

A escassez evidente no território palestiniano "mostra que os militares não estão a cumprir as suas obrigações nem em termos da quantidade necessária nem no ritmo exigido", destacou Gisha, uma das ONG que enviou a nota.

As organizações humanitárias queixam-se há muito tempo das dificuldades em levar ajuda à Faixa de Gaza.

Mas Israel, que há quase sete meses leva a cabo uma ofensiva militar total naquele território, garante que não está a limitar o fornecimento de ajuda e atribui a escassez às deficiências na distribuição por parte das organizações humanitárias.

O Cogat, organismo israelita responsável pela coordenação da política israelita nos territórios palestinianos ocupados, destacou hoje "um aumento significativo no volume de ajuda humanitária que entra em Gaza", garantindo que mais de 6.000 camiões que transportavam alimentos, água, equipamento médico e abrigos entraram em Gaza em abril.

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