07 ago, 2019 - 10:30 • Ângela Roque, com Vatican News e agências
Esta foi a primeira audiência semanal pública, depois do intervalo de julho. Devido ao calor forte do verão italiano, não decorreu como habitualmente, na praça de S. Pedro, mas na Sala Paulo VI, que acolheu cerca de seis mil peregrinos, a quem o Papa falou da importância da solidariedade.
Francisco centrou a sua reflexão no episódio da cura de um paralítico, relatado no Livro dos Atos dos Apóstolos, para lembrar que a mão que ajuda o próximo a levantar-se “é a mão de Jesus".
“Aqui vemos o retrato de uma Igreja que olha para quem está em dificuldade, não fecha os olhos”, que consegue “criar relações com significado, pontes de amizade e solidariedade em vez de barreiras”, o “rosto de uma Igreja sem fronteiras, que se sente mãe de todos” e que “sabe pegar na mão” e ajudar a “levantar, não condenar”, numa atitude que o Papa considera “a arte do acompanhamento”, que dá atenção ao próximo e o trata com delicadeza.
Francisco aproveitou, ainda, o encontro para deixar conselhos a quem está de férias, lembrando que são uma oportunidade para descansar, mas sem esquecer Deus. “Não descurem a oração diária, a participação na eucaristia e a partilha de tempo com os outros”, afirmou o Papa, que falou ainda da importância do contacto com a natureza. “Contemplai a beleza da criação, contemplando a omnipotência, a sabedoria e o amor do Criador”, recomendou.
Entre os peregrinos, que recebeu no auditório Paulo VI, estava um grupo de escuteiros de Paranhos, e um grupo de catequese do 10.º ano da paróquia de Rio Tinto, diocese do Porto, a quem saudou em língua portuguesa.