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Marcelo quer "uma só Europa" de "braços abertos para os refugiados"

11 jun, 2016 - 18:33

Chefe de Estado, de visita a França, defende “uma Europa que vive a solidariedade”.

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O Presidente da República defende que não deve haver "uma Europa de primeira, segunda, terceira e de quarta", mas apenas "uma só Europa" de "braços abertos para os refugiados".

"Não faz sentido que tantos europeus se tenham batido pela Europa para haver uma Europa de primeira, segunda, terceira e de quarta. Há uma só Europa e essa Europa é uma Europa de primeira, de igualdade entre os cidadãos europeus, uma Europa que vive a solidariedade hoje como a quis viver desde os anos 50", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa junto do monumento de homenagem aos soldados portugueses que participaram na Primeira Guerra Mundial, em La Couture, cerca de 230 quilómetros a norte de Paris.

O chefe de Estado português afirmou, também, que os soldados do Corpo Expedicionário português são "um exemplo inspirador do heroísmo" para "a construção de uma Europa que seja mais unida, mais fraterna e mais solidária", com ideais que "obrigam a ter os braços abertas para os que vêm da guerra (...) os refugiados, muitos migrantes", sublinhando que é preciso "uma visão conjunta da segurança europeia" e "solidariedade dentro da própria Europa".

O Presidente discursou perante uma centena de pessoas, entre civis e antigos combatentes franceses e portugueses, com destaque para a presença de Felícia d'Assunção Pailleux, filha de um soldado português que combateu na Grande Guerra e porta-estandarte da Liga dos Combatentes da Grande Guerra e que foi vivamente cumprimentada por Marcelo Rebelo de Sousa.

Depois dos discursos, de um minuto de silêncio e dos hinos português e francês, a comitiva dirigiu-se para o Cemitério Militar Português de Richebourg l'Avoué, a três quilómetros de La Couture, o único cemitério militar português em França, onde foram enterrados quase dois mil soldados portugueses mortos em combate e que estavam dispersos em vários cemitérios franceses e também os militares prisioneiros de guerra mortos na Alemanha.

As comemorações do Dia de Portugal, que se prolongam até domingo, em França, começaram na sexta-feira com uma cerimónia militar no Terreiro do Paço, em Lisboa, e com uma celebração na Câmara de Paris com o Presidente francês.

Este sábado, o Presidente da República e o primeiro-ministro visitaram o lugar do antigo 'bidonville' - bairro de lata - português de Champigny-sur-Marne, nos arredores de Paris, onde milhares de emigrantes viveram nos anos 60 e 70, onde foram atribuídas novas condecorações a personalidades ligadas à imigração portuguesa.

Em Champigny, Marcelo Rebelo de Sousa fez um discurso de exaltação nacional, afirmando que "grande país só há um: Portugal", apesar de a França ser "excepcional, e disse ser "hiperactivo" em comparação com o primeiro-ministro que "é hiperoptimista".

Esta noite, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa vão ter um "encontro e jantar ligeiro" com a selecção portuguesa, no centro de treinos de Marcoussi, nos arredores de Paris.

No domingo, o Presidente da República e o primeiro-ministro vão estar na festa da Rádio Alfa, e visitar a delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian, a exposição de arquitectura portuguesa na Cité de l'Architecture & du Patrimoine e a exposição do pintor Amadeo de Souza-Cardoso no Grand Palais.

Comentários
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  • jrmoura
    11 jun, 2016 lisboa 23:09
    E quem paga essa Europa de solidariedade veçe logo que nunca produziu nada na vida não tem noção do diz o que é andou a fazer na escola a dormir na carteira!
  • Litlebit
    11 jun, 2016 Santarém 22:14
    (os soldados do Corpo Expedicionário português são "um exemplo inspirador do heroísmo" para "a construção de uma Europa que seja mais unida, mais fraterna e mais solidária"). É mesmo Sr Presidente? O Corpo Expedicionário português foi herói á força, pelo facto de ter sido abandonado á sua sorte em França pelos políticos daqueles tempos, sobre a "construção de uma Europa que seja mais unida" o que foi construído foram problemas não solucionados que vieram a justificar a segunda grande guerra.
  • Pedro
    11 jun, 2016 Bencatel 21:49
    Quanto já gastou este Marcelinho em passeios?
  • beirão
    11 jun, 2016 lisboa 21:00
    Já mandei uma mensagem a Monsieur Holand a pedir-lhe que veja se consegue manter por lá aqueles dois amigalhaços uma boa temporada para nós por cá termos mais descanso sem eles . Só ontem e hoje já foi uma maravilha sem eles cá.
  • roman
    11 jun, 2016 porto 20:52
    Mais im lider politicamente correcto sem capacidades de ter uma opinao de acordo com povo: Não quetemiz mai refugiafos(imigrantes economocos illegais) na Europa. or
  • Afonso
    11 jun, 2016 Lisboa 20:35
    Com tanta insistência em receber migrantes/refugiados(como se não houvessem já problemas enormes sem resposta adequada na Europa)vamos ter é cidadãos não de quarta mas de quinta categoria(e todos iguais no caos).Ainda se poderá chamar de Europa quando os europeus forem minoria nos seus países europeus??(ainda para mais com gente que não se quer adaptar às leis e costumes da Europa mas impor suas lunacidades religiosas e culturais).
  • LUIS SANTOS
    11 jun, 2016 COIMBRA 20:33
    de uma coisa nao podem acusar o Presidente Marcelo, de ser sisudo, arrogante introvertido e profeta da desgraça, como o Cavaco.... Este, é um Presidente optimista, congregador e acertivo, espero que nao se fique só pelas palavras....... parabens, !!
  • Manuel Machado
    11 jun, 2016 Oeiras 19:28
    O sr. Prof. deixe de armar-se em Samaritano só por conveniência dos "ouvintes e leitores..." e olhe para o seu (?) País, onde exite centenas de pobres, sem-abrigo e pensionistas com pensões miseráveis ...porque se pagam uma renda que sofreu aumentos i njustos e ganaciosos, não resta nada para comer e para medicamentos. Estes, sr. Prof. são Portugueses! Deixe-se de tretas!

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