Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

"Somos todos irmãos". Papa deseja paz numa República Centro-Africana em conflito

29 nov, 2015 - 12:58 • Aura Miguel , enviada especial à República Centro-Africana

"Dirijo-me a todos os centro-africanos para viverem em paz, viver em paz seja qual for a etnia, a cultura, a religião, o estatuto social", disse Francisco de visita a um campo de refugiados. [em actualização].

A+ / A-
"Somos todos irmãos." Papa visita campo de refugiados
"Somos todos irmãos." Papa visita campo de refugiados

O Papa visitou este domingo um campo de refugiados em Bangui, na República Centro-Africana (RCA).

Francisco deixou apelos à paz e à reconciliação num país assolado por conflitos entre cristãos e muçulmanos.

“Nós devemos trabalhar, rezar e fazer tudo pela paz, mas paz sem amor, amizade, tolerância e perdão não é possível. Cada um de nós deve fazer alguma coisa. Dirijo-me a vocês, a todos os centro-africanos, para viverem em paz, viver em paz seja qual for a etnia, a cultura, a religião, o estatuto social. Devemos apostar na paz porque somos todos irmãos. E, porque somos irmãos, desejamos a paz. Rezem por mim”, declarou o Papa.

Francisco chegou este domingo à República Centro-Africana, a última escala da sua primeira visita a África, que também o levou ao Quénia e Uganda.

O avião aterrou no aeroporto de internacional de M'Poko cerca das 9h00 (hora de Lisboa) e, desde logo, ficaram bem patentes as fortes medidas de segurança.

O Papa percorreu de automóvel as ruas da capital, Bangui, e visitou o Presidente da RCA. No encontro, disse que estava no país como peregrino da paz e apóstolo da esperança.

A visita do Papa à República Centro-Africana, uma antiga colónia francesa, decorre sob fortes medidas de segurança. Na cidade de Bangui está em vigor um recolher obrigatório durante a noite.

Na agenda de Francisco para segunda-feira está uma deslocação à mesquita central de Bangui, situada num dos bairros considerados mais problemáticos da cidade.

O conflito na RCA provocou centenas de mortos nos últimos anos e cerca de 400 mil refugiados e outros 400 mil deslocados internos.

A Renascença em África com o Papa Francisco. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • António Costa
    29 nov, 2015 Cacém 14:10
    "Somos todos irmãos" mas parece que alguns são mais irmãos do que outros....

Destaques V+